A nova safra de soja em Mato Grosso, o ciclo 2023/24, já cobre 4,19% das áreas previstas para a temporada, avanço de 2,37 pontos percentuais (p.p.) no comparativo semanal, conforme acompanhamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Apesar da evolução, como pontuam os analistas, é importante ressaltar que foram observados menores volumes de chuvas em relação ao ano passado em vários municípios do Estado que, somados às altas temperaturas vistas na última semana, fizeram com que o ritmo da semeadura em Mato Grosso fosse limitado.
Os trabalhos no campo estão 2,10 p.p. atrás no comparativo com o mesmo período do ano passado. Analisando as regiões mato-grossenses, a oeste é a mais adiantada em relação às demais, com 11,02% das áreas previstas finalizadas.
“Segundo os dados do NOAA, nos próximos quinze dias a maior parte do Estado poderá receber volumes de chuvas de 5mm a 15 mm, o que pode auxiliar o ritmo dos trabalhos a campo. No entanto, as atenções seguem em relação à distribuição das precipitações e nos volumes de chuvas no Estado, que ainda estão aquém do necessário em algumas regiões. A evolução da semeadura da soja em Mato Grosso está diretamente ligada às condições climáticas, e os produtores continuam monitorando de perto o tempo para tomar decisões informadas sobre o manejo de suas lavouras”, explicam os analistas do Imea. O NOAA é órgão que presta serviços de apoio e realiza estudos sobre meteorologia, nos Estados Unidos.
DA PORTEIRA PRA DENTRO – O Imea divulgou ainda a 4° projeção para 2023 do Valor Bruto de Produção (VBP) para Mato Grosso. A estimativa ficou em R$ 172,78 bilhões para a agricultura e floresta, aumento de 1,99% no comparativo com a projeção anterior, devido à produção recorde da safra 2022/23. Para o valor bruto da soja, a oleaginosa representou 59,33% do total da agricultura, e ficou estimado em R$ 102,16 bilhões, alta de 0,59% quando comparado com o relatório passado, pautado pela melhora no preço médio comercializado da soja nos últimos meses no Estado.
Vale ressaltar que, até agosto, restavam mais de 5 milhões de toneladas de soja para serem negociadas no Estado, volume significativo para influenciar a consolidação do VBP. “Vale ressaltar que 2023 é o maior VBP da soja da série histórica do Imea e, para o ano que vem, a perspectiva é que o indicador apresente queda, devido ao recuo no preço e na produção da oleaginosa para o ciclo”.