Armazenamento correto da silagem é essencial para ganho de produtividade do rebanho

De grande importância na produção agropecuária brasileira, o sorgo se destaca por ser versátil, de fácil digestão pelos animais e com menor incidência de micotoxinas nos grãos, o que lhe caracteriza como um alimento de excelente fonte de energia. Estrategicamente, o insumo é uma alternativa muito rentável aos produtores, podendo ser utilizado principalmente nos períodos de seca para substituir a pastagem na forma de silagem ou até mesmo consorciado com grãos e farelos na suplementação do rebanho.

Diante dessa importância, produzir uma silagem de qualidade é essencial e, para isso, a classe produtora precisa ter em mente alguns cuidados, afinal, o que se busca é uma boa alimentação para os animais, o que consequentemente refletirá em melhor ganho de peso e maior produção de carne ou de leite. Dessa forma, o acondicionamento adequado vai conservar o alimento na sua forma úmida para posterior fornecimento ao gado.

PASSO A PASSO – Após a colheita do sorgo, a planta deve ser cortada para reduzir o tamanho das partículas em até 2 centímetros. Essa etapa faz parte do processo de ensilagem, ou seja, de cortar a forrageira e compactá-la para o devido armazenamento em um silo. O tempo que ficará acondicionado depende da estratégia e necessidade de cada produtor, conforme explica a doutora em agronomia, Sueyde de Oliveira Braghin, inteligência de mercado agro da Nortène. “A silagem deverá ficar fermentando durante cerca de três meses, após isso estará disponível para o gado comer”, esclarece.

Durante este período, o alimento não pode ser contaminado por bactérias e isso pode ser evitado com o uso da lona de silagem. Sua função é impermeabilizar e proteger o produto de contatos externos com o ambiente. Ela também impede a entrada de oxigênio para garantir o ambiente anaeróbico, reduzindo a perda de nutrientes causada pelos microrganismos aeróbios e indesejáveis.

A escolha do tipo de silo também é parte fundamental na qualidade desse insumo. “Antigamente, os pecuaristas utilizavam silos de encosta e aéreo, tradicionais nas fazendas leiteiras. Com o passar dos anos, a necessidade de tecnificação das propriedades do setor e a redução do custo fixo com esses modelos de estruturas, os silos de superfície e trincheira ganharam espaço”, ressalta a especialista.

Esses modelos são formados por lonas plásticas, que devem ser de alta qualidade para a completa vedação.