Dados divulgados pela Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apurados até a última sexta-feira (3), mostram que a semeadura da nova safra de soja, em Mato Grosso, o ciclo 2023/24, segue prejudicada pela falta de chuvas, ou seja, atrasada em relação à série histórica.
Embora tenha avançado 13,27 pontos percentuais, nesta semana, totalizando 83,32% da área prevista, em cerca de 12,2 milhões de hectares. E em relação à média dos últimos cinco anos está 5,29 pontos percentuais atrasada. No mesmo período do ano passado, mais de 93% da área estava concluída.
As regiões mais adiantas são a médio norte e a oeste, as mesmas porções mato-grossenses que têm tradição em antecipar o plantio da oleaginosa com o objetivo de realizar uma segunda safra, de milho ou algodão, na maior parte do estado, e por isso começam cedo o novo ciclo. No médio norte 98% da área estão cultivados e no oeste, 95%.
As regiões sudeste e nordeste do estado apresentaram os maiores avanços na semeadura, de 17,97 pontos percentuais e 17,94 pontos percentuais, respectivamente.
EXPORTAÇÕES – O acumulado de janeiro a setembro das exportações da soja mato-grossense já é maior que o fechamento de 2022. O escoamento neste ano, alcançou 26,49 milhões de t, alta de 6,99% em relação ao total dos envios do ano passado.
Em relação ao principal destino, a China participou com 59,95% das exportações do estado, comprando 15,88 milhões de t, incremento de 18,86% em relação ao mesmo período do ano passado. Já para o farelo de soja, foram escoados 5,80 milhões de t do subproduto, alta de 6,06% em relação ao mesmo período do ano passado.
“No que tange aos compradores, a Tailândia e a Indonésia, juntas, representaram 54,15% da demanda pelo coproduto do estado, adquirindo 1,90 milhão de t e 1,24 milhão de t até o mês de setembro, respectivamente. Por fim, o cenário de exportação para o óleo de soja está diferente do dos demais produtos do complexo soja (grão e farelo), com envios de 434,80 mil t, recuo de 1,09% ante o mesmo período de 2022.