Vereador por Rondonópolis confessa votar a favor de projeto contra sua vontade

O vereador Roni Magnani disse, durante sessão desta quarta-feira (08) na Câmara de Vereadores, que o líder do prefeito fez “uma manobra muito bem feita” para conseguir maioria e aprovar o Projeto de Lei de nº 504, que trata da autorização de um repasse de quase R$ 12 milhões para a Autarquia Municipal de Transporte Coletivo da cidade (A.M.T.C). Ele alega não ter informações suficientes para explicar a necessidade do recurso para a autarquia e que, votar favorável, não era o que gostaria de ter feito.

“Certo está o Dr. Felipe [e os demais] que votou contra. Porque na verdade, Dr. José Felipe, eu me senti pressionado de deixar o transporte público parar. Mas, se alguém me perguntar se eu dou conta de prestar conta desse projeto, eu não dou conta. E eu sei me recolher da minha insignificância, do meu desconhecimento. Certo, estão os vereadores que têm essa coragem de votar contra esse projeto, porque eu que voltei a favor, confesso a vocês que não dou conta de justificar esse valor”.

Ele explica que o vereador Reginaldo Santos fez bem o papel de líder da administração municipal na Casa de Leis, convencendo a maioria que o serviço pararia, caso o projeto não passasse pelo crivo da maioria. “Se a gente vota contra e reprova, aí para o serviço público, vão culpar o vereador. Vão dizer que o vereador não aprovou. Então, eu tenho que conversar mais com os meus colegas vereadores, pra gente barrar esses regimes de urgência, pra dar tempo da população entender o que está acontecendo. Porque eu fiquei entre parar o serviço público ou fazer o meu papel de vereador. Votando esse projeto, eu não fiz o meu papel de vereador, porque eu não sei justificar. Se eu não sei justificar o gasto, como é que eu vou fiscalizar?”, questionou Magnani.

Certo de que a população que usa o serviço desaprovaria a recusa do projeto, Magnani disse acabar cedendo e votando algo que não concorda. “Eu fiquei entre a cruz e a espada de parar o serviço público ou de fazer papel coerente de ter votado contra. Votei a favor por conta de não deixar o povo parar de andar de ônibus, mas o vereador Reginaldo fez muito bem essa manobra, agiu muito bem como líder do prefeito de fazer a gente aprovar o projeto mesmo contra a nossa vontade”, concluiu.

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