Comissão do Senado aprova taxação das offshores

O texto segue para análise do plenário do Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira, 22, o relatório do projeto de lei (PL) que aborda a tributação de rendimentos de aplicações financeiras, lucros e dividendos de entidades controladas no exterior, as offshores. O texto agora segue para análise do plenário do Senado.

A matéria que recebeu o parecer favorável do relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), propõe a tributação ou o aumento das alíquotas incidentes sobre fundos exclusivos (fundo de investimento com um único cotista) e aplicações em offshores (empresas no exterior que investem no mercado financeiro).

Essas contas têm um investimento mínimo de R$ 10 milhões e, por isso, são chamadas de fundos dos super-ricos.

Vieira manteve o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro: estabeleceu alíquotas padrão anual de 15% sobre os fundos offshores e fixou em 8% as alíquotas de atualização patrimonial de fundos de investimentos no exterior. 

Atualmente, no caso das offshores, a tributação ocorre apenas se uma empresa localizada no exterior transfere o lucro para o sócio pessoa física no Brasil. Se o sócio optar por manter os recursos no exterior, a tributação é adiada. 

Caso o PL seja aprovado pelo Senado, a estimativa é que o governo possa arrecadar aproximadamente R$ 20 bilhões entre 2024 e 2026. Essa medida faz parte do pacote econômico do governo federal, que visa a zerar o déficit primário no próximo ano.

O que são as offshores?

empresas
Comissão do Senado aprovou relatório que regulamenta a tributações das offshores | Foto: DIVULGAÇÃO/FLICKR

Offshores são empresas legalmente registradas em países ou territórios que possuem leis e regulamentações mais flexíveis, em relação a impostos, e que oferecem condições mais interessantes para os empreendedores, como tributação, fiscalização e regulação.

*Fonte: Revista Oeste