A ex-primeira-dama e atual presidente Nacional do PL Mulher, recebeu o título de cidadã fluminense
Mais de 5,5 mil mulheres (e alguns homens) se reuniram na manhã deste sábado, 25, no Rio de Janeiro, para ver e ouvir de perto a ex-primeira-dama e presidente Nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro. Segundo o Partido Liberal (PL), este foi um recorde de público desde o início das caravanas da ala feminina da legenda, em vários estados do Brasil.
O evento, que, ao final, contou com a presença do ex-presidente da República e presidente de honra do partido, Jair Bolsonaro, marcou a posse da deputada federal Chris Tonietto como presidente estadual do PL Mulher no Rio de Janeiro. Michelle também recebeu o título de cidadã fluminense, aprovado na semana passada pela Alerj.
A ex-primeira-dama mencionou o carinho que sente pelo Rio, destacando ser a cidade do coração de seu marido e por ter uma filha carioca, Laura, de 13 anos.
Demonstrando intimidade com o palco, Michelle falou sobre a intenção do PL Mulher : “Nós não queremos competir com os homens; queremos somar”, afirmou. “Homens e mulheres trabalhando juntos para unir e progredir, diferentemente da extrema esquerda, que divide para conquistar.”
Antes do evento no Rio, o maior público havia sido em Santa Catarina. “Vamos ter folga só na semana do Natal”, contou a deputada federal e vice-presidente Nacional do PL Mulher, Amália Barros (MT). A parlamentar acompanha Michelle em todas as caravanas.
O encontro também marcou a posse da deputada federal Chris Tonietto como presidente estadual do PL Mulher no Rio de Janeiro. “Que possamos, a cada dia, ser impulsionadas, mobilizando outras pessoas, para conseguirmos resgatar o nosso Brasil”, disse.
Ao assumir o compromisso com a nova função, Chris usou como exemplo o nome original do Brasil: “Conservador é conservar uma cultura cristã por excelência”, disse. “O estado é laico, mas nós temos um povo majoritariamente cristão; não podemos esquecer disso. O nosso nome de batismo é Terra de Santa Cruz.”
Bolsonaro sobe ao palco ao lado de Cláudio Castro, Delegado Ramagem e Braga Netto
Bolsonaro subiu ao palco para encerrar o encontro acompanhado do governador do Rio, Cláudio Castro, do ex-chefe da Casa Civil de seu governo, general Braga Netto – seu vice na última eleição – e dos deputados federais Altineu Cortês, líder do partido na Câmara, Hélio Negão e Delegado Ramagem, possível pré-candidato do partido à prefeitura do Rio.
O ex-presidente brincou que iria falar pouco por determinação da “senhora Michelle”: “Queremos as mulheres na política não por cotas, mas por interesse. Aprendemos (brasileiros) a dar valor à política.”
Bolsonaro mencionou as eleições de 2022 e afirmou não entender “o que aconteceu em outubro do ano passado”: “Se eu sou o ex mais querido do Brasil, não sou ex por causa do povo”, disse. “A grande maioria do povo, está conosco.”
Diante de uma multidão vestindo as cores do Brasil e também camisetas do PL Mulher em tons de rosa, Michelle afirmou que estava no Rio “para fazer o maior movimento feminino e que a resposta será dada nas urnas”.
Sem citar nomes, a nova presidente do PL Mulher no estado, Chris Tonietto, fez uma crítica indireta à esquerda: “Nós não temos projeto de poder, temos projeto de país, de nação”, disse.
Michelle ressaltou o resultados atuais da economia brasileira sob o governo petista: “O presidente Bolsonaro deixou um caixa azulzinho; hoje já estamos devendo”, afirmou.
Um público diversificado de várias cidades do Estado do Rio
Entre as 5,5 mil pessoas presentes no anfiteatro do Rio Centro, estavam caravanas de diversas cidades fluminenses; gente de todas as idades. Muitos grupos e entidades de pessoas com deficiência compareceram, entre eles, representantes do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).
A caravana de Paraty, no sul fluminense, levou 29 participantes. Eles saíram de casa às 4 da manhã e enfrentaram 5 horas de viagem até chegar à capital. Alguns fecharam seus negócios para ver e ouvir o casal Michelle e Jair Bolsonaro.
A comerciante Sandra Almeida contou que está acontecendo a Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, período em que a cidade mais recebe turistas durante o ano. Mesmo assim, ela fechou o seu restaurante só para participar do encontro do PL Mulher: “Temos que nos fortalecer e lutar pela liberdade ameaçada em nosso país”, disse.
Dona Lecy Silva Nunes, pensionista de 82 anos, foi sozinha. Enrolada em uma bandeira do Brasil, ela saiu de Niterói, também às 4 da manhã. Sorrindo, lembrou da baldeação que precisou fazer até chegar à zona oeste do Rio: “Peguei ônibus, metrô, mais ônibus…”, disse.
Raquel Costa, de 45 anos, levou a filha Flor, de 14 anos. Elas integraram a caravana de Volta Redonda, cidade a 120 km do Rio: “Minha filha quis vir junto, e deixei”, contou. Acho importante ela participar.”
Ao serem questionadas sobre o rótulo de racista atribuído a Bolsonaro pela esquerda, a adolescente foi mais rápida do que a mãe na defesa do ídolo político: “Eu me apaixonei pelo presidente Bolsonaro justamente pelo fato de valorizar a mulher negra”, falou. “Hoje posso dizer que sou representada.”
Raquel, que trabalha com jovens, concordou com a filha: “É difícil ter expressividade sendo mulher e negra dentro da nossa sociedade”, afirmou. “Bolsonaro trouxe a evidência necessária para poder me expressar sem rótulos dentro da política.”
*Fonte: Revista Oeste