Em parecer de indicação, relator diz que Dino tem ‘invejável currículo’

Sabatina do ministro está marcada para acontecer em 13 de dezembro

No parecer de indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação, disse que Dino tem um currículo “invejável”. O leitor pode conferir a íntegra do documento neste link.

Conforme o parlamentar, o currículo de Flávio Dino é invejável, pois ele é “autor e coautor de diversos livros e artigos, palestrante e conferencista reconhecido internacionalmente; um profundo entendedor da aplicação, da formulação, da aprovação e da interpretação das leis”, além de ser ex-governador, ex-deputado e senador.

Em seu parecer, Weverson afirma ainda que Flávio Dino é uma “figura reconhecida e admirada nos mundos jurídico e político”.

No documento, o senador também argumenta que o ministro, em 2006, “saiu da magistratura pela porta da frente, e de forma leal, para legitimamente disputar um mandato eletivo”. De acordo com Werton, Dino “nunca se afastou do mundo jurídico”, apesar de ter atuado como político.

O documento de indicação deve ser apresentado ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), durante a sabatina do ministro, em 13 de dezembro.

A sessão deve ser marcada por embates diretos entre a oposição, e o ministro e pode durar muitas horas. No mesmo dia, a CCJ deve sabatinar Paulo Gonet, indicado pelo presidente Lula à Procuradoria-Geral da República.

Se aprovados na CCJ, ambos os candidatos seguem para o plenário do Senado, onde cada um vai precisar de, no mínimo, 41 votos dos 81 senadores. Como mostrou Oeste, a ala governista se mobiliza em uma agenda com partidos do centro para garantir a aprovação de Flávio Dino, que enfrenta mais resistências do que Gonet.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), próxima ao ministro, organiza, por exemplo, um encontro entre Dino e evangélicos no Senado. Já a oposição, optou por conversas e encontros mais reservados com senadores de centro, de forma individual.

*Fonte: Revista Oeste