Com a ratificação, o país tem um prazo de 4 anos para concluir o processo de adesão e adotar as normas do grupo
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) — grupo formado inicialmente por Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina — anunciou a entrada da Bolívia no bloco econômico durante a cúpula realizada no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 7.
O evento também marcou o fim da presidência rotativa do Brasil. A medida foi aprovada no fim do mês passado pelo Senado e agora será promulgada.
A Bolívia estava em processo de adesão desde 2015 e faltava apenas a decisão do Brasil, já que os demais Estados-membros já haviam concordado.
“Estamos efetivamente nos aproximando de realizar o sonho da integração entre Atlântico e Pacífico. Isso vai ser apresentado aos ministros de Planejamento de todos os países”, comemorou Lula.
Entrada da Bolívia
Agora, o bloco passa a ter 300 milhões de habitantes, extensão territorial de 13,8 milhões de quilômetros quadrados e um Produto Interno Bruto (PIB) total em torno de US$ 3,5 trilhões (um pouco mais de R$ 17 trilhões).
Com a ratificação da entrada da Bolívia, o país tem um prazo de quatro anos para concluir o processo de adesão e adequar sua legislação às normas do bloco. A cúpula marcou, também, a entrega da liderança do Brasil ao Paraguai.
União Europeia
O encontro, contudo, não serviu para que Mercosul e União Europeia (UE) finalmente entrassem em um acordo sobre negociações que vinham sendo feitas anteriormente.
Enquanto o bloco europeu cobra mais compromisso com o meio ambiente, o Brasil quer garantir políticas industriais.
A intenção de Lula era concluir as negociações com a UE ainda nesta quinta-feira, 7. Porém, a Argentina teve resistência em assinar o acordo, em meio às vésperas da posse de Javier Milei.
Em nota conjunta, os dois blocos afirmam que estão ”engajados em discussões construtivas com vistas a finalizar as questões pendentes no âmbito do Acordo de Associação”.
O comunicado também diz que “nós últimos meses, registaram-se avanços consideráveis. As negociações prosseguem com a ambição de concluir o processo e alcançar um acordo que seja mutuamente benéfico para ambas as regiões e que atenda às demandas e aspirações das respectivas sociedades”.
*Fonte: Revista Oeste