A preocupação da Marinha do Brasil com a possível invasão da Guiana pela Venezuela

Comandante da Força disse que militares monitoram situação

O comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, informou, nesta segunda-feira, 11, que a Força monitora o clima tenso entre Venezuela e Guiana.

Olsen disse que uma das preocupações da Força é a interferência de potências estrangeiras no possível conflito.

“O que preocupa a Marinha, em um eventual conflito entre Venezuela e Guiana, é a participação de potências extraterritoriais”, afirmou Olsen, durante almoço com jornalistas, em Brasília.

O comandante da Marinha observou que, nesse cenário, o Brasil teria de se preparar ainda para uma nova crise de refugiados. “Teremos, no mínimo, outra Operação Acolhida”, observou o militar.

Plano da Venezuela para invadir a Guiana

venezuela guiana
Ditador da Venezuela quer anexar área em laranja, que corresponde a mais de 70% do território da Guiana | Foto: Reprodução/YouTube/Hoje no Mundo Militar

O nível de tensão entre Venezuela e Guiana escalou nas últimas semanas. O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, realizou referendo para saber se a população local concordaria em “anexar” o território de Essequibo. Contestada pela comunidade internacional, a consulta popular contou com, oficialmente, mais de 90% de adesão à ideia de anexação.

Correspondente a cerca de 70% de todo o território da Guiana, a região de Essequibo é rica em petróleo e gás natural. Atualmente, a norte-americana Exxon Mobil atua na área.

A ideia de invasão por parte de Maduro já movimentou as forças militares de outros países. O Exército do Brasil, por exemplo, enviou 20 blindados para Roraima, Estado da Região Norte que fica na fronteira brasileira com os dois países. Os Estados Unidos anunciaram que vão conduzir exercícios militares de voos sobre a Guiana.

Mesmo assim, Maduro tem avançado com a ideia de invasão. Publicamente, ele já exibiu mapa como a parte de Essequibo pertencendo à Venezuela. Além disso, ele nomeou um aliado de longa data para ser a “autoridade única” da ditadura bolivariana na região.

*Fonte: Revista Oeste