Ele vendeu a um dos filhos do ministro do STF a parte que detinha do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa
Aprovado pela maioria dos senadores para assumir o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet já foi parceiro de negócios do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A parceria entre o agora futuro PGR e o ministro do STF se deu no âmbito educacional. Gonet e Mendes foram fundadores do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). Com cursos voltados à área do Direito, a instituição educacional foi inaugurada em 1996 e atualmente conta com bases em Brasília e São Paulo.
Segundo o site do IDP, Gonet segue como professor da instituição. Ele, no entanto, deixou de ser um dos sócios. De acordo com o site Jota, o futuro procurador-geral da República vendeu a sua parte no negócio em 2017. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo, a venda se deu para Francisco Schertel Mendes, filho do ministro do STF. O valor do negócio teria sido de R$ 12 milhões.
Ex-sócio de Gilmar Mendes, Gonet é servidor público de carreira no Ministério Público Federal. Ele atua no órgão desde 1987. Desde setembro, ele desempenha a função de procurador-geral eleitoral interino. De julho de 2021 até assumir o cargo atual, Gonet respondeu como vice-procurador-geral eleitoral.
Gonet: ex-sócio de Gilmar Mendes, futuro PGR e professor universitário
No decorrer das últimas décadas, Gonet tem conciliado o trabalho no Ministério Público Federal com a carreira de professor universitário. Além do IDP, de Gilmar Mendes, o futuro comandante da PGR já lecionou ou ainda leciona em instituições de ensino, como Escola Superior do Ministério Público da União, Escola Brasileira de Administração Pública do Distrito Federal, Centro Universitário de Brasília e Universidade de Brasília (UnB).
Paulo Gustavo Gonet Branco é graduado em Direito pela UnB, mesma instituição em que cursou especialização em Direito Público. A carreira acadêmica dele ainda conta com mestrado em direitos humanos pela Universidade de Essex, no Reino Unido, e doutorado em “Direito, Estado e Constituição” pela UnB.
*Fonte: Revista Oeste