Quem era o empresário Rogério Saladino, morto em confronto com a polícia, em SP

Influente, o empreendedor faleceu em sua mansão, nos Jardins, bairro nobre da cidade

Um dos casos policiais de maior repercussão dos últimos dias, em São Paulo, envolveu o empresário Rogério Saladino, de 56 anos, morto a tiros em sua mansão, nos Jardins, bairro nobre da cidade. O episódio ocorreu depois que ele entrou em confronto com a polícia, na noite de sábado, 16. Também morreram uma investigadora policial e um funcionário que trabalhava na casa.

Saladino era dono do Grupo Biofast, rede de laboratórios que atua no segmento de exames de análises clínicas e de imagem. A empresa possui unidades em Guarulhos, Jaguaré, Osasco, Santana e Santo Amaro. 

Pelo seu desempenho na gestão da Biofast, Rogério Saladino já foi listado entre as 100 pessoas mais influentes na área da saúde em São Paulo, segundo a revista Healthcare Management.

O empresário morava na capital paulista, mas mantinha uma segunda residência em Trancoso, na Bahia. Ele era uma das personalidades que mais figuravam nas colunas sociais do Estado, sempre ao lado de personagens influentes e famosos.

Família

Saladino deixou um filho adolescente e a namorada, Bianca Klamt. A arquiteta e modelo conta com quase 60 mil seguidores em seu perfil no Instagram. Nas redes sociais, Bianca contou que, horas antes da morte do companheiro, o casal estava organizando um almoço em casa para alguns amigos.

Bianca escreveu uma homenagem ao namorado e disse que ele era um homem “fora da curva: “Meu coração está em prantos. Obrigada pelos momentos com a nossa família”.

Antecedentes criminais

Em seu histórico, Rogério possuía dois antecedentes criminais. Segundo o boletim de ocorrência, um deles foi registrado em 1989, quando ele chegou a ser preso pelos crimes de homicídio e lesão corporal ao atropelar uma pessoa, que veio a falecer, no interior de São Paulo. “Uma fatalidade, no qual o empresário Rogério socorreu a vítima”, afirma uma nota da sua assessoria.

Em 2008, Saladino respondeu por crime ambiental. Segundo a assessoria, “refere-se à retirada de cascalho pela Prefeitura de Natividade da Serra (SP), em terras da família de Rogério; existe um termo de compromisso ambiental cumprido”.

Segundo a Polícia Civil, a investigadora Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, e um colega foram até o bairro para fazer uma investigação sobre um furto em uma residência, que aconteceu na última sexta-feira, 15.

Os policiais se dirigiram até a casa de um empresário, vizinho da vítima do furto, para pedir as imagens de câmeras de segurança. O empresário teria confundido os dois com assaltantes e atirou contra eles, acertando Milene.

O vigilante, Alex James Gomes Mury, de 49 anos, pegou uma das armas que teria caído no chão e atirou contra o policial, que revidou e o acertou.

A investigadora e o empresário foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para hospitais da região. Eles não resistiram aos ferimentos e morreram. O vigilante morreu no local.

O caso foi registrado no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), como homicídio decorrente de intervenção policial.

*Fonte: Revista Oeste