Grão abastece criações e abre caminho para outras culturas
Sob a liderança do complexo da soja, o agronegócio brasileiro bateu recorde de receita com exportações em novembro. O setor faturou US$ 13,5 bilhões com os embarques durante o mês.
Por volta de 28% da cifra veio do complexo da soja, de acordo com os dados do Ministério da Agricultura. O segmento é composto do grão e de seus subprodutos diretos, como o óleo e o farelo. Contudo, a contribuição se torna maior quando são considerados outros ramos do setor produtivo que têm na soja um de seus principais pilares.
A criação de frangos e de outras aves no Brasil, por exemplo, é altamente dependente do farelo do grão. A mistura com o milho é a base da dieta utilizada pelos criadores — e o mesmo ocorre com as criações de suínos.
O cultivo do próprio milho, aliás, está relacionado com o plantio da soja. Os agricultores brasileiros alternam as duas culturas nas mesmas áreas durante a mesma safra para otimizar o uso do solo. E esse modelo de rotação também ocorre com o algodão.
Durante o mês de novembro, essas quatro atividades juntas resultaram em US$ 5,2 bilhões em receitas com o mercado externo, conforme mostram os registros oficiais. No grupo, a maior fatia veio com as exportações de milho (US$ 1,6 bilhão). A segunda posição ficou com as exportações de carne de frango (US$ 665 milhões). Na sequência aparecem o algodão (US$ 490 milhões) e proteína suína (US$ 220 milhões).
Exportações, agronegócio e soja em 2023
Entre janeiro e novembro de 2023, o agro nacional faturou US$ 153 bilhões com exportações. A cifra corresponde a quase metade de toda a receita do país com o mercado externo.
O complexo da soja respondeu por cerca de 40% de toda a receita gerada pelo agronegócio brasileiro com os embarques. Quando milho, algodão e as carnes de frango e suína entram na conta, a contribuição do grão chega a 51%.
*Fonte: Revista Oeste