Advogada decide abandonar defesa do Choquei

Ex-participante do BBB, Adélia Soares disse que o caso é ‘extremamente delicado’

A advogada Adélia Soares decidiu abandonar a defesa do Choquei, responsável por difamar a estudante Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, que cometeu suicídio dias depois de se tornar alvo do perfil de fofoca. O anúncio ocorreu na noite deste sábado, 23.

“Não atuaremos no caso da fake news”, informou Adélia, horas depois de assinar um comunicado oficial do Choquei. “É um caso extremamente delicado. Deve ser analisado com muita minúcia.”

A advogada, que participou da edição 16 do programa Big Brother Brasil (BBB), da Rede Globo, diz ter recebido um convite do Choquei apenas para escrever a nota divulgada nesta tarde. “É uma decisão institucional não atuar nesse caso”, ressaltou.

Adriana isentou o Choquei de responsabilidade

O nome de Adélia Soares voltou à superfície neste sábado, em razão da tragédia que envolve o suicídio de Jéssica.

À tarde, diante da repercussão da morte da jovem mineira, o Choquei emitiu um comunicado oficial. A nota, assinada por Adélia, isenta o perfil de fofoca de responsabilidade sobre o caso.

“Não ocorreu qualquer [sic] irregularidade na divulgação das informações prestadas por esse perfil”, diz o texto. “Cumpre esclarecer que não há responsabilidade à [sic] ser imputada pelos atos praticados, haja vista a atuação mediante boa-fé e cumprimento regular das atividades propostas.”

Conforme a advogada, o Choquei divulgou as informações “com base em dados disponíveis no momento e em estrito cumprimento das atividades habituais, decorrentes do exercício do direito à informação”.

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Alvo de processo por estelionato

Adélia é ré num processo judicial, acusada de estelionato. A denúncia narra que a advogada comprou materiais de construção em uma loja em Suzano, em São Paulo, no valor de R$ 7,6 mil. O site Metrópoles informou, em novembro, que a ex-BBB teria utilizado seis cheques pós-datados de R$ 1,2 mil para realizar o pagamento, em nome da empresa de seu ex-noivo.

A venda dos produtos ocorreu normalmente, e as mercadorias chegaram à residência de Adélia. Mas os cheques não tiveram compensação pelo banco por divergência de assinatura. O caso é de 2013.

De lá para cá, a Justiça procura Adélia. Nos autos do processo, constam algumas tentativas de encontrá-la, por meio de diversos endereços, telefones fixos e celulares. Até o momento, sem sucesso.

Em 2016, ano em que Adélia participou do BBB, seu ex-namorado Anderson Romeiro confirmou o processo e divulgou a história nas redes sociais.

“Há um inquérito policial, onde [sic] constam vários cheques, onde [sic] a Doutora Adélia exauriu sua própria assinatura numa conta que não lhe pertencia, afim [sic] de obter vantagem e aplicar golpes no comércio de Suzano, com uma conta que não é dela”, disse Romeiro, na ocasião.

O ex-namorado disse que os cheques se referem a “uma conta PJ e outra conta PF, em meu nome, única e exclusivamente em meu nome. Sendo assim, está sendo indiciada por crime de estelionato, sendo investigado pela delegacia de Suzano”.

Em resposta, a advogada alegou que desconhecia o processo. “Sobre o caso relatado em si, não tenho qualquer [sic] informação, não utilizo talão de cheques há mais de dez anos e nunca recebi qualquer [sic] intimação sobre o caso, mesmo mantendo todos meus endereços devidamente atualizados.”

*Fonte: Revista Oeste