Caso Choquei: perfil é investigado por indução ao suicídio e quebra de sigilo

Segundo o delegado Felipe Monteiro, outras plataformas responsáveis por compartilhar fake news sobre Jéssica Canedo também serão ouvidas

O perfil de fofocas Choquei está sendo investigado por suspeita de indução ao suicídio depois da morte de Jéssica Canedo, de 24 anos. Ela foi vítima de fake news que simulavam um relacionamento com o humorista Whindersson Nunes.

O delegado Felipe Monteiro, da Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG), responsável pelo inquérito, informou que foi solicitada a quebra de sigilo de perfis relacionados ao caso.

Plataformas que compartilharam a notícia falsa publicada pela Choquei também estão sendo ouvidas.

‘’Para dar prosseguimento à investigação, que avalia o crime doloso de indução ao suicídio, estamos aguardando a aprovação do pedido de quebra de sigilo”, disse o delegado.

“Também estamos avaliando quem serão as próximas pessoas interrogada.”

Choquei
Segundo o delegado responsável pelo inquérito, a família de Jéssica também tem interesse em instaurar um inquérito contra a Choquei por crime contra a honra | Foto: Reprodução

Choquei também pode ser responder por crime contra a honra

Na quinta-feira 28, o fotógrafo Raphael Souza, proprietário da Choquei, prestou depoimento à polícia.

Monteiro declarou ao jornal O Globo que, com base no que foi dito à Polícia Civil, a corporação aguarda a liberação para analisar os perfis, diante da possibilidade de condenação dos envolvidos pelo crime de indução ao suicídio.

De acordo com o delegado, familiares de Jéssica também têm interesse “em instaurar um inquérito por crime contra a honra”, mas a polícia ainda não recebeu uma ação efetiva deles.

O advogado da família confirmou ao jornal O Globo que os parentes estão colhendo provas para enquadrar a conduta da página em outros crimes na Justiça, além do que está sendo investigado no inquérito.

O caso

No dia 18 de dezembro, falsos prints que simulavam uma conversa entre Jéssica e Whindersson foram publicados em páginas de redes sociais com grande alcance, como a Choquei, que tem 21 milhões de seguidores. Em seguida, a jovem foi alvo de uma intensa campanha  de ódio.

Outros perfis que também publicaram a fake news estão sendo convidados pela Polícia Civil a dar depoimento.

Porém, segundo Monteiro, apenas uma plataforma foi contatada, mas ainda não deu retorno.

*Fonte: Revista Oeste