Partido afirma que Breno Altman sofre ‘inaceitável perseguição’ por ‘firme e correto posicionamento’; ele usou as redes sociais para comparar o povo judeu a ratos
O Partido dos Trabalhadores (PT) condenou a investigação do jornalista Breno Altman pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) por usar as redes sociais para publicar mensagens racistas e antissemitas.
Em nota emitida no sábado 30, a legenda considerou que o parceiro do portal Uol e fundador do site Opera Mundi está sofrendo uma “inaceitável perseguição”. Segundo o PT, Altman teve como “única motivação o seu firme e correto posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo de ultra-direita de Israel”.
Ataques antissemitas
Desde o ataque terrorista realizado pelo Hamas contra civis israelenses em 7 de outubro, Altman tem feito críticas ao governo de Israel. Por meio das redes sociais, ele chegou a comparar os judeus a ratos.
Altman também afirmou que Israel é responsável por promover uma “ideologia sionista” e equiparou o posicionamento do governo israelense ao fascismo e o nazismo.
O jornalista foi alvo de duas liminares do Tribunal de Justiça de São Paulo em novembro, a pedido da Confederação Israelita do Brasil (Conib). Na primeira ação, o juiz Paulo Bernardi Baccarat, da 16ª Vara Cível, determinou a exclusão de postagens consideradas antissemitas e racistas.
O PT afirmou que contra a ação e disse que a “intolerância não é de Altman, mas da entidade [Conib] que nega aos judeus o direito de não aceitar a doutrina sionista, responsável pelo massacre do povo palestino”.
A presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) declarou no sábado 30 que a entidade israelita promove o que chamou de “perseguição” contra Altman. Segundo ela, agentes do MPF e da PF querem condenar o jornalista por suas opiniões.
Repúdio da Conib
Em comunicado publicado neste domingo, 31, a Conib repudiou os comentários do PT e de Gleisi. A entidade destacou que o jornalista “promove o antissemitismo e a desinformação, relativizando os assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas”.
“Além disso, a deputada faz uma afirmação preconceituosa em relação à Conib”, afirmou a entidade. “Ou seja, de dupla lealdade, jargão clássico do antissemitismo, que merece total reprovação.”
*Fonte: Revista Oeste