Dino anuncia 20 dias de transição para gestão de Lewandowski

Atual ministro da Justiça disse estar ‘feliz’ em ser sucedido pelo magistrado

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, parabenizou, nesta quinta-feira, 11, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, pela oficialização do magistrado como futuro comandante da pasta.

“Feliz em ser sucedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, um professor pelo qual tenho estima e admiração”, escreveu Dino em seu perfil oficial no X/Twitter. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou oficialmente o magistrado como futuro comandante do MJ.

Nas redes sociais, Dino, que foi aprovado como ministro da Suprema Corte, anunciou ainda que o MJ vai ter 20 dias de transição para a gestão Lewandowski.

“Teremos 20 dias de transição, ao longo dos quais eu e a minha equipe ajudaremos ao máximo aqueles que forem escolhidos para continuar com as tarefas que hoje conduzimos”, continuou Dino. “No dia 1º de fevereiro, retorno ao Senado, onde permanecerei até o dia 21 de fevereiro. Neste dia, renunciarei para assumir o STF no dia 22.”

Como mostrou Oeste, Lewandowski deve mudar os segundos escalões da pasta quando assumir o posto, em 1° de fevereiro. Na “reforma”, devem sair as alas ligadas a Dino, o PSB. Apenas cargos ligados ao PT devem permanecer.

O secretário-executivo do MJ, Ricardo Cappeli, é um dos nomes que devem deixar a pasta. Tal cargo é visto como o “número 2” do comandante da pasta, portanto, deve ser de confiança pessoal do futuro ministro.

Mais cedo, Lula disse que o ex-ministro do STF terá autonomia para escolher seu time. Apesar disso, o petista afirmou que vai conversar com o seu futuro ministro depois da posse para definir “quem sai e quem fica” na pasta.

“Tenho por hábito cultural de não indicar ninguém em nenhum ministério”, disse Lula a jornalistas, durante discurso no início desta tarde. “Quero que as pessoas montem o time que elas vão jogar. Se eu fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que fosse, escalasse os jogadores.”

*Fonte: Revista Oeste