A nova contratada vai substituir servidora que se desentendeu com Márcio Macêdo
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, nomeou como número dois da pasta uma militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Kelli Cristine de Oliveira Mafort.
Ex-coordenadora nacional do MST, Kelli será a nova secretária-executiva do ministério de Macêdo e vai substituir Maria Coelho, que se demitiu depois do episódio em que três servidores tiveram as passagens para Aracaju custeadas pelo governo.
Eles acompanharam o ministro na Pré-Caju, festa de carnaval fora de época realizada em novembro na capital de Sergipe, reduto eleitoral de Macêdo.
Segundo o Estadão, Maria Coelho se recusou a autorizar o uso de dinheiro público para custear a viagem de três servidores à micareta. Servidora de longa data dos governos Lula, Maria foi exonerada em 9 de janeiro.
Militante do MST ‘demonstrou capacidade de gestão’, diz ministro
Para escolher a ex-líder do MST, Macêdo disse que ela “demonstrou capacidade de gestão à frente da Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas”. Ele tinha sido nomeada por Lula em janeiro de 2023.
A militante é doutora em Ciências Sociais pela Unesp. Durante o mestrado e o doutorado, foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e fez pesquisas sobre a questão agrária, trabalho, movimentos sociais e gênero.
No currículo de Kelli, consta que além de ter atuado como liderança no MST, trabalhou como educadora popular e coordenadora pedagógica de programas da Unicamp em parceria com movimentos sociais.
Viagem para festa de carnaval fora de época custou R$ 18,5 mil aos cofres públicos
A Secretaria-Geral da Presidência gastou R$ 18,6 mil com as passagens e diárias dos três servidores. Depois da repercussão do caso, o ministério de Macêdo informou que o dinheiro foi devolvido. O ministro disse que houve um erro formal, já corrigido, e que ele pagou suas passagens com seu próprio dinheiro.
O Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) vai apurar se os recursos foram destinados de forma irregular.
*Fonte: Revista Oeste