Corte ordenou que Israel tome medidas para evitar ‘genocídio’
O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma, na qual defende o “cumprimento imediato” da decisão anunciada pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, nos Países Baixos. O tribunal determinou que Israel tome medidas para evitar atos de “genocídio” na guerra contra o Hamas.
A decisão respondeu a uma ação apresentada pela África do Sul no fim de 2023, mas não ordena um cessar-fogo imediato a Israel. A Corte é a máxima instância judicial da Organização das Nações Unidas (ONU).
Publicado na noite da sexta-feira 26, o comunicado do Itamaraty também menciona a necessidade da libertação dos reféns mantidos pelo grupo terrorista.
Governo Lula apoia decisão de Haia
No documento, o governo Lula reiterou “a defesa de um Estado palestino economicamente viável, convivendo lado a lado com Israel”.
O Itamaraty disse que “as medidas cautelares contribuirão para garantir o cumprimento da Convenção”, assinada em 1948, “e a proteção dos direitos do povo palestino, bem como o necessário e imediato alívio humanitário, conduzindo à pronta cessação das hostilidades”.
Ação movida pela África do Sul
A África do Sul acusou o governo israelense de cometer genocídio na Faixa de Gaza. O apoio de Lula à ação sul-africana ocorreu depois de uma reunião do presidente com o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben.
A ação contra Israel foi protocolada no Tribunal de Haia e começou a ser julgada em 11 de janeiro.
A decisão de Lula em apoiar a ação da África do Sul gerou críticas de diversos setores e personalidades, principalmente da Confederação Israelita do Brasil (Conib).
“É frustrante ver o governo apoiar uma ação cínica e perversa como essa, que visa impedir Israel de se defender de seus inimigos genocidas”, condenou a entidade em nota.
Para a Conib, “a ação sul-africana é uma inversão da realidade”. As operações militares de Israel na Faixa de Gaza decorreram dos atentados terroristas em 7 de outubro, que causaram mais de 1,2 mil mortos e cerca de 250 sequestrados pelo Hamas.
*Fonte: Revista Oeste