Cerca de 1,2 mil dos 12 mil funcionários da Unrwa na áerea de conflito têm ligações com o grupo terrorista e semelhantes
A Unrwa, agência da Organização das Nações Unidas (ONU) voltada a refugiados palestinos, tem mais funcionários homens ligados ao grupo terrorista Hamas do que a própria população de Gaza, onde o grupo governa desde um golpe de 2007.
Um relatório de inteligência compartilhada entre os Estados Unidos e Israel revelou que 23% dos funcionários homens da Unrwa têm ligações com o Hamas, enquanto a média em Gaza é de 15% dos homens adultos. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira, 29, pelo jornal Wall Street Journal (WSJ), que teve acesso aos documentos.
Os dados também revelaram que ao menos 12 funcionários da agência de refugiados palestinos da ONU estão envolvidos com o ataque do Hamas contra Israel de 7 de outubro, onde 1,2 mil pessoas foram mortas e 240 sequestradas no país.
Hamas desviou mais de 1 milhão de dólares enviados para Unrwa ajudar palestinos
Entre os 12 funcionários da agência de refugiados palestinos da ONU ligados aos ataques, sete eram professores do ensino fundamental, incluindo dois professores de matemática e dois de língua árabe.
Dois funcionários ajudaram a sequestrar israelenses. Outros dois foram rastreados até locais onde dezenas de civis israelenses foram baleados e mortos. E outros coordenaram a logística do ataque, inclusive a aquisição de armas.
Cerca de 10% de todo o pessoal da agência em Gaza tem ligações com grupos terroristas islâmicos. Os dados dos relatórios são baseados em rastreamento de celulares, interrogatórios de combatentes do Hamas capturados, documentos recuperados de terroristas mortos, relatos de um funcionário que descreveu inteligência de sinais, entre outros.
As informações concluem que cerca de 1,2 mil dos 12 mil funcionários da Unrwa em Gaza têm ligações com o Hamas ou com a Jihad Islâmica Palestina, e cerca de metade tem familiares próximos que pertencem aos grupos terroristas.
“O problema da Unrwa não são apenas ‘algumas maçãs podres’ envolvidas no massacre de 7 de Outubro”, disse um alto funcionário do governo de Israel ao jornal. “A instituição como um todo é um refúgio para a ideologia radical do Hamas.”
Quase metade de todos os funcionários da Unrwa, cerca de 49%, têm parentes próximos com ligações oficiais com grupos terroristas, principalmente o Hamas, ainda de acordo com a inteligência. A maioria dos 30 mil funcionários da Unrwa em todo o Oriente Médio são palestinos.
Depois que Israel respondeu aos ataques do Hamas, a agência de refugiados palestinos da ONU foi uma das vozes mais incisivas contra a defesa de Israel. A agência é o principal pilar das operações de transporte de ajuda humanitária, medicamentos e alimentos para Gaza.
Mais de dez países suspenderam ajuda para a ONU em Gaza. O Hamas desviou mais de 1 milhão de dólares em suprimentos da Unrwa desde 7 de outubro. O valor é equivalente a R$ 5 milhões. Isso inclui combustível e caminhões.
“A avaliação da inteligência alega que os agentes do Hamas estão tão profundamente enredados no empreendimento de entrega de ajuda da Unrwa que coordenam as transferências para a organização”, narra o WSJ.
*Fonte: Revista Oeste