Judiciário mandou a plataforma remover perfis de alguns criadores de conteúdo brasileiros
A rede social Locals está prestes a desativar seus serviços no Brasil. Em nota enviada aos usuários, nesta segunda-feira, 29, a plataforma alega que a decisão é uma resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), que pediu a remoção de alguns perfis brasileiros.
No comunicado, a rede social informa que não pretende alterar suas políticas de conteúdo para atender à determinação do Supremo. “A Locals, como parte do Rumble, compartilha a missão de restaurar uma internet livre e aberta”, justifica a plataforma, que deve permanecer ativa no país até 12 de fevereiro.
A Locals diz que a retomada dos serviços depende do Judiciário, que teria de reconsiderar suas decisões contra os usuários brasileiros.
Rumble seguiu o mesmo caminho
Em dezembro do ano passado, o Rumble anunciou a retirada de seus serviços no país. À época, o CEO da empresa, Chris Pavlovski, revelou que o Judiciário tentou censurar a plataforma.
“Não serei vítima de bullying através de demandas de governos estrangeiros para censurar os criadores da Rumble”, escreveu Pavlovski, no Twitter/X.
Em junho daquele ano, o ministro Alexandre de Moraes determinara o bloqueio de novos perfis utilizados pelo influenciador Bruno Monteiro Aiub, o Monark. O influencer criara um novo canal na plataforma para fugir dos bloqueios impostos pelo magistrado.
Moraes impôs uma multa diária de R$ 100 mil contra o Rumble em caso de descumprimento da medida.
Leia na íntegra a nota da Locals
“Recentemente, a Justiça brasileira exigiu que a Locals removesse determinados criadores de nossa plataforma.
A Locals, como parte do Rumble, compartilha a missão de restaurar uma internet livre e aberta, e nos comprometemos a não mover as metas de nossas políticas de conteúdo.
Em alinhamento com a recente decisão tomada pela Rumble , decidimos desabilitar o acesso aos Locais no Brasil, a partir de 12 de fevereiro.
Isso significa que você não poderá acessar Locals no Brasil. Esperamos que os tribunais brasileiros reconsiderem suas decisões para que possamos restaurar o acesso em breve.”
*Fonte: Revista Oeste