IBGE: desemprego fica em 7,4% no trimestre encerrado em dezembro

Índice é o menor desde 2014 e segue tendência de queda iniciada em 2021

O Brasil fechou o trimestre encerrado em dezembro de 2023 com uma taxa de desemprego de 7,4%, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua), divulgados nesta quarta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse é o menor índice desde 2014, quando a taxa estava 6,6%. Depois disso, o país atravessou a grande recessão no governo de Dilma Rousseff, de 2015/2016, e o desemprego cresceu de forma acentuada, atingindo 14,9% em meados de 2020, no auge da pandemia. A queda da taxa começou em 2021 e vem diminuindo desde então.

No trimestre encerrado em dezembro, a renda habitual ficou em R$ 3.032.

Desemprego
Números do desemprego relativos ao semestre encerrado em dezembro/2023 | Foto; Reprodução/IBGE

Já a taxa de desocupação em 2023 ficou em 7,8%, recuando 1,8 ponto porcentual em relação à média de 2022, quando ficou em 9,6%. É a menor média anual desde 2014, quando ficou em 7%. Segundo a pesquisa do IBGE, a população desocupada ao final de dezembro, de 8,1 milhões, representa o menor contingente desde o trimestre encerrado em março de 2015.

Desemprego
Taxa anual de desemprego | Foto: Reprodução/IBGE

Veja os principais dados da pesquisa sobre desemprego

  • A população desocupada (8,1 milhões) recuou 2,8% no trimestre e 5,7% no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em março de 2015.
  • A população ocupada (101 milhões) foi o novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo 1,1% no trimestre e 1,6% no ano.
  • A população subutilizada (19,9 milhões de pessoas) ficou estável no trimestre e recuou 6,4% no ano, quando foi de 21,3 milhões. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016.
  • A população fora da força de trabalho (66,3 milhões) diminuiu 0,8% em relação ao trimestre anterior e ficou estável ante o mesmo trimestre de 2022.
  • A população desalentada (3,5 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 13,6% no ano.
  • O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) chegou a 38 milhões, o recorde da série iniciada em 2012, com alta de 1,6% no trimestre e de 3% no ano.
  • O número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) ficou estável no trimestre e no ano, bem como o número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões), o de empregadores (4,2 milhões) e o de empregados no setor público (12,2 milhões).
  • O número de trabalhadores domésticos (6,0 milhões) aumentou 3,8% ante o trimestre anterior e subiu 3,5% na comparação anual.
  • A taxa de informalidade foi de 39,1%, igualando o trimestre encerrado em setembro e superando o mesmo trimestre de 2022 (38,8%).
  • O rendimento real habitual (R$ 3.032) não teve variação significativa na comparação trimestral e cresceu 3,1% no ano.

*Fonte: Revista Oeste