Mourão: ‘País vive uma situação de não normalidade’

Polícia Federal deflagrou operação para apurar uma tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse, nesta quinta-feira, 8, que o Brasil “vive uma situação de não normalidade”. Ex-vice-presidente da República na gestão de Jair Bolsonaro, o parlamentar comentou a Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF), mirando aliados do ex-mandatário. O objetivo da ação é investigar uma tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.

“O país vive uma situação de não normalidade”, escreveu Mourão no X/Twitter. “Inquéritos eternos buscam ‘pelo em ovo’, atacando, sob a justificativa de uma pretensa tentativa de golpe de Estado, a honra e a integridade de chefes militares que dedicaram toda uma vida ao Brasil. Enquanto isso, os ladrões de colarinho branco são anistiados e a bandidagem comum aterroriza a população que vive sob o signo da total insegurança.”

Hoje, ao todo, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão — que incluem a proibição de manter contato com outros investigados, de se ausentarem do país e a entrega de passaportes.

Entre os alvos da investigação estão, o general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil; Augusto Heleno, ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL; Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; e Tercio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro.

Bolsonaro também foi alvo da PF. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aplicou medidas restritivas contra ele, como a proibição de deixar o Brasil e a entrega do passaporte no prazo de 24 horas, além da proibição de se comunicar com outros investigados.

A operação da PF

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Foto: Divulgação/Polícia Federal

Os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal.

Segundo a operação, o grupo se dividia em dois núcleos de ação: um disseminava a ocorrência de “fraude” no pleito de 2022 a fim de “viabilizar e legitimar” uma intervenção militar.

Já o outro atuava no planejamento para realizar um golpe de Estado, “com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em ambiente politicamente sensível”.

*Fonte: Revista Oeste