O presidente do partido de Jair Bolsonaro foi preso por porte ilegal de arma
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira, 8, por porte ilegal de arma. Ele é um dos alvos da Polícia Federal (PF) na Operação Tempus Veritatis, que também investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
Na operação, a PF busca apurar suspeitas de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Ex-assessores de Bolsonaro e ex-ministros de Estado do seu governo também foram alvos.
Apesar de não haver mandado de prisão para Valdemar, presidente do partido com maior bancada no Congresso Nacional, a posse ilegal de arma resultou em sua prisão em flagrante.
Ao portal Metrópoles, a defesa de Valdemar afirmou que ele foi apenas levado para prestar esclarecimentos sobre arma, que seria legal e estaria registrada no nome de um filho do presidente do partido.
Os mandados contra Bolsonaro e seus aliados foram expedidos no âmbito do inquérito sobre milícias digitais conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Medidas restritivas foram impostas ao ex-presidente, incluindo a proibição de deixar o país, entrega do passaporte em 24 horas e restrição de comunicação com os demais investigados, inclusive por meio de advogados.
Dois ex-assessores de Bolsonaro, Marcelo Câmara, ex-assessor especial da Presidência, e Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, foram presos. Rafael Martins de Oliveira, major do Exército, também foi detido. Há um quarto mandado de prisão, mas a identidade do alvo e a eventual prisão ainda não foram confirmadas.
Segundo a PF, a operação tem como objetivo “apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder”.
Busca e apreensão da Polícia Federal
No total, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. Essas medidas incluem a proibição de contato com outros investigados, a proibição de sair do país com entrega dos passaportes em 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.
Os mandados estão sendo cumpridos nos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
*Fonte: Revista Oeste