Jornal norte-americano lembra que petista preferiu não fazer prejulgamento sobre morte de Navalny, opositor de Putin
Em texto assinado pelo Conselho Editorial, o jornal norte-americano The Wall Street Journal destacou a hipocrisia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao atacar Israel pela contraofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza. Enquanto compara o governo israelense aos nazistas, o petista se recusou a comentar a morte do líder da oposição russo Alexei Navalny, destacou o WSJ.
No editorial, o jornal afirma que declarações feitas no domingo 18 por três líderes políticos mundiais — o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Shtayyeh; o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani; e Lula — dão um “passe livre” para o grupo terrorista Hamas.
“Três comentários feitos por líderes de todo o mundo no domingo merecem destaque como um sinal dos tempos globais. Cada um pode ajudar a vencer ilusões”, escreveu o jornal.
“Lula apagou o Hamas do quadro” e “não se comoveu” com morte de opositor de Putin, diz WSJ
Sobre Lula, o WSJ transcreve parte da fala em que Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza, para se defender depois do ataque terrorista de 7 de outubro, ao Holocausto, e afirma que o presidente brasileiro “apagou o Hamas do quadro” ao declarar que “não é uma guerra de soldados contra soldados; é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”.
O jornal norte-americano também transcreveu outra parte da declaração de Lula: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestiniano não aconteceu em nenhum outro momento da história. Na verdade, isso aconteceu — quando Hitler decidiu matar os judeus.”
Para o WSJ, “embora isso se disfarce de humanitarismo, Lula pratica apenas uma política de extrema esquerda”. Isso porque o petista não demonstrou nenhuma comoção pela morte do opositor de Vladimir Putin numa cadeia da Rússia. “Ele equipara Israel a Hitler, mas questionado na mesma [entrevista em Adis Abeba, na Etiópia], sobre o dissidente russo Alexei Navalny, Lula não se comoveu”.
Sobre isso, o petista disse: “Um cidadão morreu na prisão, não sei se estava doente ou tinha algum problema. Fazer uma acusação é banalizar. Espero que um legista dê uma explicação sobre o motivo da morte do indivíduo, só isso”. “Um legista, de fato”, finaliza o WSJ.
*Fonte: Revista Oeste