Jornalista de esquerda admite que manifestação pela democracia foi ‘gigantesca’

Breno Altman deu a declaração em entrevista à TV 247

O jornalista de esquerda Breno Altman, editor do portal de notícias Opera Mundi, admitiu que a manifestação pela democracia, realizada no último domingo, 25, foi “gigantesca”. Ele deu a declaração em entrevista concedida à TV 247, na segunda-feira 26. 

“Não vamos esconder a situação”, disse o jornalista. “Foi uma manifestação ‘gigantesca’. Não vamos tapar o sol com a peneira.”

Breno Altman observou que a manifestação pela democracia pressiona a esquerda a reagir. “A questão é: as forças de esquerda estão em condições de responder a isso?”, perguntou. “Devem responder? Ou, ao contrário, devem se manter na mesma estratégia em que estão se conduzindo, que é a terceirização do enfrentamento às instituições?”

O jornalista disse que a força da manifestação pela democracia “não pode ser subestimada sob qualquer critério”. Ele admitiu que foi o maior ato político dos últimos anos. 

Breno Altman sugeriu que, para a esquerda vencer a força política da direita, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria fazer o mesmo. Ou seja, “convocar uma manifestação para apoiadores do governo no mesmo lugar”. 

O jornalista disse que quem combate a direita brasileira é o STF

De acordo com Breno Altman, Lula não deveria terceirizar o suposto combate à direita brasileira ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, esse papel está nas mãos do Judiciário.

Os ministros do STF classificaram a manifestação pela democracia como “desespero”.

Cerca de 750 mil pessoas participaram da manifestação pela democracia 

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Multidão marca presença para manifestação na capital paulista — 25/2/2024 | Foto: Tauany Cattan/Revista Oeste

De acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Segurança de São Paulo, a manifestação convocada por Bolsonaro em prol da democracia reuniu 750 mil pessoas. 

O ato contou ainda com cerca de cem políticos, entre eles os governadores de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina.

*Fonte: Revista Oeste