A queda ocorreu após a divulgação do balanço de 2023 e o anúncio de uma distribuição de dividendos menor do que o mercado esperava
Em apenas um pregão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), nesta sexta-feira, 8, a Petrobras perdeu R$ 55,3 bilhões em valor de mercado.
Das 9h da manhã, quando a Bolsa abriu as negociações, até as 18h, quando as operações terminaram, as ações da Petrobras caíram 10,37%, chegando em R$ 36,98.
Ao longo do pregão a Petrobras chegou a cair ainda mais, perdendo mais de 13%, uma destruição de valor superior a R$ 70 bilhões.
Segundo um levantamento realizado por Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria a Petrobras já perdeu R$ 93,1 bilhões em valor de mercado desde sua máxima histórica.
Mercado americano já sinalizava queda das ações da Petrobras
O mercado já estava prevendo um dia complicado para as ações da Petrobras.
Nas negociações realizadas antes da abertura do pregão nos Estados Unidos, o chamado pré-mercado da bolsa americana, os papéis registravam um vermelho profundo.
Imediatamente após a abertura da Bolsa de São Paulo, nesta manhã, as ações da estatal petrolífera foram colocadas em leilão.
Isso acontece quando uma ação cai mais de 10% em relação ao valor do fechamento do dia anterior.
Mercado frustrado com resultados da petrolífera
A derrubada do valor da companhia foi provocada pela divulgação dos resultados de 2023, que frustraram o mercado.
No ano passado a estatal registrou uma queda de 33,8% em seu lucro líquido, chegando a R$ 124,6 bilhões.
Além disso, o mercado esperava o pagamento de mais dividendos, mas o Conselho de Administração negou a possibilidade de dividendos extraordinários.
A Petrobras se limitou a respeitar o mínimo previsto em seu estatuto e anunciou a distribuição de R$ 14,2 bilhões em dividendos para o trimestre.
O valor mínimo de pagamento previstos no estatuto é de 45% do fluxo de caixa livre.
Com isso, o total de dividendos pagos referentes a 2023 será de R$ 98,1 bilhões. Quase a metade do que foi distribuído em 2022, quando esse valor foi de R$ 194,6 bilhões.
Em 2022, a Petrobras foi a maior distribuidora de dividendos aos seus acionistas na América Latina e nos EUA.
*Fonte: Revista Oeste