Gustavo Mesquita, da Polícia Civil de São Paulo, dá dicas de como escapar dessa modalidade de crime
O delegado Gustavo Mesquita, da Polícia Civil de São Paulo, foi às redes sociais para alertar a população a respeito de uma nova modalidade do crime organizado. Em vídeo divulgado em seu perfil no Instagram na última quarta-feira, 10, ele fala sobre o golpe do “falso PCC”, em alusão à facção criminosa Primeiro Comando da Capital.
De acordo com Mesquita, esse tipo de crime se dá, sobretudo, por meio de ligações telefônicas. A definição “falso PCC” se dá pelo fato de o criminoso se identificar como membro do grupo ou de alguma outra facção do crime organizado.
“O criminoso, de posse de algumas informações suas, te liga e se intitula como membro do PCC ou de alguma outra facção criminosa”, afirma o delegado. “Passa a dizer que sabe onde você mora, onde você trabalha. Sabe o nome dos seus pais, ele diz os nomes dos seus filhos e dos seus parentes.”
Na sequência, Mesquita explica que essa tática é para intimidar a vítima e, assim, ameaçar para receber dinheiro. Do outro lado da linha, o criminoso, de acordo com o delegado, costuma dar a opção de receber a quantia financeira até mesmo por meio de transferência via Pix.
Conforme Mesquita, as informações pessoais que acabam servindo para a ameaça seguida de extorsão são, na maioria das vezes, extraídas a partir de “fontes abertas”, como conteúdos disponíveis nas redes sociais. Ele, contudo, indica a possibilidade de esse tipo de conteúdo chegar aos criminosos a partir de vazamentos de bancos de dados.
Orientações para não cair no golpe do “falso PCC”
Ciente de que as vítimas ficam atordoadas com esse tipo de abordagem e, consequentemente, acabam repassando ao criminoso o valor solicitado, o delegado lista ações para que ninguém mais caia no golpe do “falso PCC”:
- desconsiderar “por completo” esse tipo de telefonema;
- bloquear o número que liga com essa abordagem; e
- não realizar, “sob hipótese alguma”, transferências financeiras.
Por fim, Mesquita, que é desde o fim do ano passado o chefe do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil paulista em Guarulhos, avisa: em caso de dúvida, as pessoas devem entrar em contato com as autoridades.
*Fonte: Revista Oeste