Paulo Teixeira, titular da pasta de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, evita recriminar o grupo invasor de propriedades
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, evitou tecer críticas ao autodenominado Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ao ser abordado por jornalistas nesta segunda-feira, 15, durante evento do governo Lula no Palácio do Planalto, ele falou em “comemorar”.
Teixeira disse que o Brasil passa por um momento de “grandes mobilizações”. A declaração ocorreu depois do lançamento de medidas do governo voltadas à reforma agrária.
O ministro foi perguntado se o lançamento das ações em abril, mês com pico de invasões de terra, foi uma forma de tentar baixar a temperatura com o movimento. Há invasões do MST em 24 áreas em 11 Estados.
“Temos que celebrar esse momento que é um momento que temos no Brasil de grandes mobilizações e entregar esse processo todo”, disse o titular da pasta, que, ao menos no nome, deveria se dedicar a cuidar dos agricultores familiares. “Esse processo é para mostrar para a sociedade brasileira que queremos assentar famílias.”
Paulo Teixeira, invasões do MST e promessas de ações em prol da reforma agrária
Sem repudiar a série de invasões de terras durante o “abril vermelho” do MST, Paulo Teixeira falou em medidas em favor de projetos de reforma agrária no país. Ele, contudo, não deu detalhes a respeito — nem comentou a possibilidade de o grupo invasor de propriedades rurais acabar beneficiado com ações a serem feitas pelo Poder Executivo federal.
“O mês de abril coincide com dois aspectos”, disse o ministro. “Com o término do trabalho da elaboração das medidas e sua revisão e a celebração de um mês para a reforma agrária.”
*Fonte: Revista Oeste