Ideia é demonstrar a dimensão da catástrofe na capital gaúcha
O Versa, escritório de urbanismo, desenvolveu mapas para ilustrar a extensão das enchentes na Região Metropolitana de Porto Alegre e os sobrepôs em várias capitais do Brasil e do mundo.
A intenção dos mapas é dar dimensão do tamanho do desastre no Rio Grande do Sul para quem vive fora da região.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a arquiteta e urbanista Mariana Mincarone, responsável pela criação dos mapas, disse que foi inspirada por um projeto semelhante, do Urbi Ideias, que fez o comparativo para a capital Curitiba.
Mariana afirmou que teve ideia ao perceber a dificuldade de pessoas de outras regiões em compreender a verdadeira magnitude das enchentes em Porto Alegre, sua cidade natal. A criação dos mapas utilizou informações sobre as áreas inundadas fornecidas pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A arquiteta espera que os mapas sensibilizem e incentivem as pessoas a oferecerem ajuda e ressalta a importância de apoio neste momento.
Mapas comparam enchente em Porto Alegre a outras cidades do mundo
Depois da primeira divulgação dos mapas, que cobriam as dez maiores capitais brasileiras, a repercussão nas redes sociais resultou em pedidos para que Mincarone ampliasse o projeto para abranger outras capitais do Brasil e cidades internacionais, como Londres, Paris, Roma e Berlim.
Os mapas se concentram apenas nas áreas afetadas na Região Metropolitana de Porto Alegre, excluindo outras regiões também impactadas pelas enchentes, como o Vale do Taquari e o norte do Estado.
O Versa esclarece que os mapas apenas comparam a extensão das áreas afetadas, sem a intenção de ser um mapeamento preciso das zonas de risco de inundação ou um indicativo da população afetada, uma vez que topografia e a densidade populacional variam de forma significativa entre as áreas.
Depois dos temporais, cerca de 11 mil pessoas procuram abrigo temporário apenas em Porto Alegre. No Estado do Rio Grande do Sul, o número de mortos já atingiu pelo menos cem, com 128 pessoas ainda desaparecidas.
*Fonte: Revista Oeste