Apesar do registro de queda, água continua acima da cota de segurança
Pela primeira vez desde 2 de maio, o nível do Lago Guaíba atingiu a marca de 4 metros no Cais Mauá, em Porto Alegre (RS). Em sua conta no Twitter/X, a prefeitura municipal informou que a altura foi registrada às 17h10 da última terça-feira, 21. Apesar da queda, a água ainda está 1 metro acima da cota de inundação, que é de 3 metros.
A última vez que o Sistema Hidro, da Agência Nacional de Águas (ANA), registrou marca tão baixa foi às 23h15 do dia 2, com 3,69 metros. A partir desse horário até 15 horas do dia seguinte, porém, as marcas não foram registradas pelo sistema, justamente no momento em que as águas subiram mais rapidamente no lago. Naquela tarde, o nível já estava em 4,58 metros quando a marca voltou a ser registrada.
Recorde histórico do nível das águas
A partir dali, as águas só subiram, até atingir o recorde histórico de 5,33 metros às 20 horas do dia 6. O recorde anterior a essa marca foi de 4,76 metros, registrada na maior cheia já vista em Porto Alegre, em 1941.
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Depois de 1941, em apenas mais três ocasiões o nível do Guaíba superou a cota de inundação: em setembro de 1967 (3,11 metros), setembro de 2023 (3,18 metros) e novembro de 2023 (3,46 metros).
Projeções e realidade das cheias recentes
No dia 12, o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) divulgou uma projeção que revelava que, com as novas tempestades na região, o nível poderia bater o novo recorde de 5,5 metros. Mas isso não ocorreu. As águas voltaram a subir, sim, mas chegaram até 5,25 metros, às 20h15 do dia 14, e depois começaram a baixar.
Desde então, as autoridades informam que o Guaíba tem baixado de forma lenta, mas constante. O que ajudou nesse processo de escoamento das águas das ruas foi a abertura de uma comporta na última sexta-feira, 17, e mais duas no domingo, 19. Também ajudou a secar o centro da capital gaúcha, o que revelou os estragos nas edificações e a quantidade de entulhos deixados pela inundação.
*Fonte: Revista Oeste