Rio Grande do Sul tem 2ª morte por leptospirose depois de inundações

Desta vez, vítima foi homem de 33 anos, morador de Venâncio Aires

Uma segunda morte por leptospirose foi confirmada no Rio Grande do Sul nesta terça-feira, 21.

A vítima era um homem de 33 anos, de Venâncio Aires, que faleceu na sexta-feira 17, depois de contrair a doença durante as enchentes que atingem a região desde o início do mês.

Antes dele, um senhor de 67 anos, do município de Travesseiro, no Vale do Taquari, também morreu pela mesma doença.

A leptospirose é transmitida pela urina de animais infectados, que são vetores da bactéria leptospira.

Especialistas alertam para o fato de que o risco de infecção aumenta significativamente em períodos de alagamentos, como os que ocorrem atualmente no Estado.

Em Venâncio Aires, três casos de leptospirose foram confirmados em maio, e 23 suspeitas estão em análise pelo Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas (Cadi).

Dos três casos, dois pacientes já se recuperaram. A família da vítima mais recente afirmou que ele havia tomado precauções, como uso de botas, mas ainda assim contraiu a doença.

Leptospirose em alta no RS

No ano passado, Venâncio Aires registrou oito casos de leptospirose, todos sem mortes.

Neste ano, já são nove casos confirmados, segundo a enfermeira coordenadora da Vigilância Sanitária, Carla Lili Müller.

Em entrevista ao portal Uol, ela recomenda a pessoas com sintomas como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores musculares (especialmente na panturrilha) e calafrios que procurem atendimento médico imediatamente.

“O tratamento é iniciado já durante a suspeita de leptospirose, assim que o paciente apresenta um conjunto de sinais e sintomas compatíveis e situação de risco que antecederam os sintomas nos últimos 30 dias ao aparecimento dos sinais”, afirmou Carla à reportagem.

Os sintomas da leptospirose aparecem geralmente entre cinco e 14 dias depois da contaminação, podendo chegar a 30 dias.

*Fonte: Revista Oeste