O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, permanece fechado por tempo indeterminado
A partir desta segunda-feira, 27, o ParkShopping Canoas será o principal ponto de embarque e desembarque de voos comerciais na Base Aérea de Canoas (RS). A mudança foi necessária devido às enchentes que alagaram o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que está fechado desde o dia 3 de maio.
Para facilitar o deslocamento, um ônibus conecta o ParkShopping à Base Aérea. De acordo com Edgar Nogueira, vice-presidente de operações da Fraport, o acesso principal dos passageiros e o check-in ocorrem diretamente no shopping.
“A base é uma operação militar”, explicou. “Nós estamos usando a infraestrutura de pista da base, mas o check-in, o translado, o acesso do passageiro é pelo ParkShopping.”
Os passageiros começaram a chegar às 4h desta segunda-feira, assim como uma aeronave da Latam, que realizava um trajeto que parte de São Paulo com destino ao Rio Grande do Sul. Para atender os passageiros, áreas de serviço, como cafés e locadores, foram abertos. Os clientes devem realizar o check-in com, no mínimo, 1h30 de antecedência antes da partida do ônibus para a Base Aérea de Canoas.
Estima-se que o trajeto de ônibus leve cerca de 20 minutos até a base. A expectativa é que sejam operados até cinco voos por dia.
Operações em Canoas
Por enquanto, apenas a companhia aérea Latam está realizando voos comerciais, mas as companhias Azul e Gol têm previsão de iniciar suas operações a partir do dia 1º de junho.
O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou na última segunda-feira, 20, que as companhias aéreas já podem começar a vender passagens para voos com destino à Base Aérea de Canoas a partir desta terça-feira, 28.
A adaptação temporária para o uso do ParkShopping Canoas visa a minimizar os impactos causados pelas enchentes e garantir a continuidade das operações aéreas na região.
Não há previsão de reabertura para o Aeroporto Salgado Filho. Edgar Nogueira afirmou que é prematuro prever uma retomada das operações em setembro e que ainda estão avaliando o tempo necessário para a reconstrução.
O fechamento do terminal impactou a malha aérea do Rio Grande do Sul. Como alternativa, outras estruturas no interior do Estado estão atendendo a 116 voos comerciais por semana.
*Fonte: Revista Oeste