Desemprego fica em 7,5% em abril, diz IBGE

Número de empregados sem carteira assinada bateu recorde histórico e chegou a 13,6 milhões

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em abril, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 29.

Em relação ao trimestre passado, a desocupação teve estabilidade. Na ocasião, os desempregados somaram 7,6% no país.

De acordo com a pesquisa, a taxa foi a menor para um trimestre móvel desde 2014, quando o indicador ficou em 7,2%. No mesmo período de 2023, a taxa foi de 8,5%.

O número de desocupados não teve variação significativa em relação ao trimestre passado, e ficou em 8,2 milhões de pessoas. Na comparação anual, a queda é de 9,7%.

Segundo o IBGE, também houve estabilidade na população ocupada no trimestre, de 100,8 milhões de pessoas.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a estabilização da desocupação, se deve, especialmente, à redução das perdas do comércio no primeiro trimestre e ao retorno da ocupação no segmento da educação básica pública no ensino fundamental.

Emprego sem carteira assinada bate recorde

De acordo com os dados da Pnad Contínua, o número de empregados sem carteira assinada bateu recorde histórico desde 2012: 13,6 milhões — alta de 6,4% (813 mil pessoas) no ano.

Por outro lado, os empregados com registro em carteira (exceto trabalhadores domésticos) também foram recorde e chegaram a 38,1 milhões, maior contingente da série histórica.

Entre os trabalhadores informais, houve ligeira queda de 0,5% no trimestre, totalizando 39 milhões de pessoas. A taxa de informalidade chegou a 38,7% ante 39% do trimestre passado.

“A expansão da ocupação, nos últimos trimestres, vem ocorrendo por meio dos empregados, que superaram outras formas de inserção, como a dos trabalhadores por conta própria e os empregadores”, afirma Beringuy.

“O conjunto dos empregados no setor privado, com ou sem a carteira assinada é o que mais tem contribuído para o crescimento da população ocupada no país”, completa.

Renda

O rendimento médio real dos empregados em abril foi de R$ 3.151, sem variação significativa no trimestre. Na comparação anual, o número representa alta de 4,7%.

Já a massa de rendimento real habitual chegou a R$ 313,1 bilhões e bateu mais um recorde da série histórica do indicador.

O número não representa variação significativa em relação ao trimestre passado, e subiu 7,9% em comparação com o mesmo trimestre de 2023.

*Fonte: Revista Oeste