Dois filhos de Fátima Boustani, de 10 e 9 anos, também foram atingidos
A brasileira Fátima Boustani, de 30 anos, ferida junto com seus dois filhos em um bombardeio no sul do Líbano no sábado 1º, está internada em estado grave no Hospital Libanês Italiano, em Tiro, no sul do país.
Segundo fontes do Itamaraty, ela precisa ser transferida para Beirute, mas a condição de saúde, extremamente delicada, não permitiu a remoção para outra unidade. Uma tentativa de transferência deve ocorrer nesta segunda-feira, 3.
A filha de 10 anos, de Fátima tem o estado de saúde mais delicado: ela passou por duas cirurgias; o menino de 9 anos está sob observação. O marido de Fátima, Ahmad Aidibi, mora no Brasil, e ela vive em Saddekke, no Líbano com os quatro filhos do casal. No momento do bombardeio, duas das crianças estavam na casa da avó.
A cidade onde a brasileira mora com os filhos está numa área de confronto entre o Exército de Israel e os terroristas do Hezbollah.
Em abril, o governo israelense reivindicou bombardeios na região que mataram dois comandantes do Hezbollah. No sábado 1º, integrantes do grupo abateram um drone israelense em território libanês, além de terem lançado foguetes contra uma instalação militar de Israel.
Itamaraty comenta caso de brasileira atingida no Líbano e condena bombardeio
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou nota sobre o caso no domingo 2. “O governo brasileiro manifesta sua indignação e condena o bombardeio de ontem, dia 1°, em Saddikine, no Sul do Líbano, que resultou em ferimentos em três cidadãos brasileiros”, afirma o comunicado.
A nota diz que os feridos estão sendo tratados, mas não revela o estado de saúde. “Todos estão recebendo tratamento no Hospital Libanês Italiano, em Tiro.” Segundo o ministério, “a Embaixada do Brasil em Beirute está em contato com os familiares e com a equipe médica e presta o apoio consular”.
A nota pede respeito aos direitos humanos. “O Brasil exorta as partes envolvidas nas hostilidades à máxima contenção, assim como ao respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário, de forma que se previna o alastramento do conflito em Gaza e se evitem novas vítimas civis inocentes.”
Diante da escalada de tensão, a Embaixada do Brasil em Beirute aconselhou os cidadãos brasileiros cuja permanência no Líbano não seja essencial a considerarem deixar o país até que a situação normalize.
Além disso, enfatizou a importância de seguirem as instruções de segurança das autoridades locais, adotarem medidas de precaução adicionais e evitarem áreas como o sul do Líbano e proximidades da fronteira.
*Fonte: Revista Oeste