Direita vence na Espanha e sugere ao primeiro-ministro de esquerda convocar eleições

Líder do partido Vox disse que primeiro-ministro do país, Pedro Sánchez, deveria dissolver o Parlamento, seguindo exemplo do presidente da França, Emmanuel Macron

Santiago Abascal, líder do Vox, partido de direita da Espanha, disse neste domingo, 9, que o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, deveria convocar eleições nacionais, seguindo o exemplo do presidente da França, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro da Bélgica, Alexandre De Croo.

Segundo ele, seu partido aumentou votos e porcentual pela quarta vez consecutiva e destacou o sucesso nas eleições regionais na Galiza, País Basco e Catalunha.

Nas recentes eleições para o Parlamento Europeu, o Vox dobrou seus assentos de três para seis e aumentou os votos de 6% para 9,6%. O partido ficou em terceiro lugar, atrás do PP, com 34,2% e 22 assentos, e do PSOE, de Sánchez, com 30,2% e 20 assentos.

Abascal celebrou o avanço de partidos aliados na Europa, mencionando que conseguiram fortalecer um discurso e convicções comuns.

“Todos aqueles que acreditam na soberania das nações, que não querem perder as rédeas do seu futuro, todos aqueles que acreditam e exigem fronteiras seguras, que querem segurança nas ruas, que querem um campo próspero, um campo com futuro, um sistema nacional competitivo da indústria e que, em última análise, não estão dispostos a permitir que aqueles que querem decidir tudo pelas suas costas continuem avançando”, disse Abascal.

Ele finalizou com um pedido a Sánchez que refletisse, como fizeram os governos da França e da Bélgica. “Dissolva as Cortes-Gerais e convoque os espanhóis de volta às urnas”, afirmou.

Avanço da direita na Europa

Os eleitores dos 27 países da União Europeia foram às urnas entre os dias 6 e 9 para eleger seus representantes no Parlamento Europeu. As projeções atualizadas às 21h do dia 9 pela comissão eleitoral revelam que a direita foi a grande vencedora.

O Partido Popular Europeu, de Ursula von der Leyen, atual presidente da Comissão Europeia, manteve a maior bancada, conquistando mais 13 cadeiras, totalizando 189 deputados.

Com a nova composição, os deputados de direita e centro-direita serão 402 dos 720 totais, dominando 56% das cadeiras, antes eram 396. O resultado reflete um crescimento significativo da direita em várias regiões, incluindo a Espanha, onde o partido Vox se destacou.

*Fonte: Revista Oeste