EUA: São Francisco se declara ‘santuário’ para pessoas transgênero

Na Califórnia, cidade foi a primeira grande metrópole norte-americana a defender cirurgias de transição de sexo

São Francisco, no Estado norte-americano da Califórnia, é a primeira grande cidade a se declarar “santuário” para pessoas transgênero. A informação foi divulgada na terça-feira 11 pelo jornal San Francisco Chronicle. Outras cidades, como Sacramento e West Hollywood, também se declararam santuários para pessoas transgênero.

Em 2022, o governador da Califórnia, Gavin Newsom (Democrata), assinou uma lei que protege procedimentos transgêneros no Estado. A legislação impede autoridades da Califórnia de aplicarem leis de outros Estados para reprimir essas cirurgias e medicamentos.

A norma foi aprovada por unanimidade pela Junta de Supervisores da cidade. A medida simbólica garante que “aqueles que se identificam como transgêneros, não conformes ao gênero, intersexuais e de dois espíritos possam buscar cuidados de saúde de transição e garante proteção aos pais”.

“Temos visto um influxo de refugiados, não apenas de outros países, mas de outros Estados que estão buscando cuidados e refúgio”, afirmou Honey Mahogany, diretora do Escritório de Iniciativas Transgênero de São Francisco, à emissora Fox News.

A resolução de São Francisco chega em um momento em que comunidades de orientação liberal expressam preocupação com leis que impedem procedimentos de gênero em Estados conservadores.

Estados criam leis para impedir cirurgias em transgênero

Estados governados por conservadores têm criado leis para restringir procedimentos de transição de gênero para menores. O Legislativo do Tennessee aprovou um projeto de lei que criminaliza adultos que facilitam procedimentos transgêneros para menores.

Na Flórida, o governador, Ron DeSantis (Republicano), sancionou uma medida que proíbe tratamentos transgêneros para menores, embora um juiz federal tenha, recentemente, considerado inconstitucionais partes essenciais dessa lei.

Defensores de tais cirurgias e medicamentos afirmam que são cruciais para proteger a saúde mental de crianças transgênero. Já opositores argumentam que menores não têm idade suficiente para consentir com tratamentos que alteram o corpo, especialmente aqueles que podem deixá-los estéreis.

*Fonte: Revista Oeste