Dólar cai depois de decisão do Copom sobre a taxa Selic

Às 10 horas desta quinta-feira, 20, a moeda estava em queda de 0,56%, cotado a R$ 5,410

O dólar iniciou a quinta-feira 20 em queda depois da decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano. A moeda chegou a atingir a mínima de R$ 5,385.

Às 10 horas de hoje, o dólar estava em queda de 0,56%, sendo cotado a R$ 5,410. Na terça-feira 19, antes da reunião do Copom, a moeda havia alcançado R$ 5,441, uma valorização de 0,15%, em meio à expectativa do mercado.

Alinhada com as expectativas do mercado, a decisão ocorreu em meio a temores de uma nova divisão entre os diretores do Copom. Em maio, houve divergências, especialmente entre executivos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o restante do comitê. Na ocasião, o mercado indicou preocupação sobre possíveis interferências políticas na instituição.

Tensões políticas e críticas

Nesta semana, críticas de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aumentaram as tensões. Com a decisão unânime, espera-se que os temores do mercado diminuam.

“Depois dos ruídos causados na última reunião, dessa vez o colegiado chegou a um consenso”, afirmou Marcelo Bolzan, sócio da The Hill Capital. “Os nove diretores votaram de forma igual, e isso foi muito importante para reforçar que as decisões foram tomadas de forma técnica, eliminando qualquer dúvida sobre a credibilidade da política monetária.”

A equipe econômica do governo considerou a decisão “acertada e crucial” para evitar uma piora nas condições do mercado, segundo a Folha de S.Paulo.

Impacto na Bolsa de Valores

O movimento cambial da também foi influenciado pela baixa liquidez da sessão, devido a um feriado nos Estados Unidos, na quarta-feira 19, o que reduziu o volume financeiro global.

A Bolsa de Valores começou a sessão em queda, chegando a perder os 119 mil pontos na mínima do dia. No entanto, reverteu a tendência no meio da tarde de ontem, fechando com alta de 0,52%, aos 120.261 pontos, impulsionada principalmente pelo setor financeiro.

*Fonte: Revista Oeste