“Grego” reage a prisão em operação e morre em confronto com PC, em MT

Criminoso é suspeito de matar trabalhadores nordestinos

O criminoso Dionatan Rodrigo de Almeida, 31 anos, vulgo ‘Grego’, morreu baleado durante um confronto nesta quarta-feira (26)  ao reagir à abordagem de policiais civis que cumpriam diligências no âmbito da Operação Dom Quixote, deflagrada para apurar o sequestro de 14 trabalhadores da região nordeste do país, que estavam em Rondonópolis (215 km de Cuiabá). As vítimas foram torturadas em diferentes pontos da cidade e três delas foram mortas pelos criminosos.

Na operação, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão temporária, nove de busca e apreensão e três de apreensão de veículos. O confronto policial ocorreu em um edifício localizado na Vila Birigui, onde o investigado morava.

Grego foi baleado com dois tiros no abdômen. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas o criminoso não resistiu aos ferimentos.

A operação conta com o apoio das equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, 1ª Delegacia de Polícia de Rondonópolis e dos policiais do GOE. O crime ocorreu em 30 de maio, quando membros de uma associação criminosa invadiram uma residência que era utilizada como alojamento dos trabalhadores e, mediante violência e grave ameaça, renderam as 14 vítimas que foram submetidas a sofrimento físico e mental.

As vítimas foram amarradas pelos criminosos e levadas para diferentes locais da cidade, onde novamente foram agredidas e ameaçadas. Três vítimas, Antônio José dos Santos Filho, Renan do Nascimento Barreto e Talisson Ferreira da Silva, foram assassinadas pelos criminosos e tiveram seus corpos abandonados em vias públicas.

O corpo de Antônio José dos Santos Filho foi encontrado na zona rural, próxima a Gramaria, amarrado com arame, com um ferimento na região da cabeça provocado por arma de fogo. As outras duas vítimas, Renan do Nascimento Barreto e Talisson Ferreira da Silva, foram localizadas na região do Anel Viário, com as mãos amarradas com arame e com ferimentos provocados por golpes de faca.

Segundo as investigações da DHPP Rondonópolis, os 14 trabalhadores que vieram do nordeste foram confundidos com membros de uma facção criminosa rival ao grupo envolvido no crime. Após diversas diligências e coleta de informações, foi possível identificar os envolvidos no crime.

Com base nas investigações, a Polícia Civil representou pelas ordens judiciais contra os investigados, que foram deferidas pela Justiça. Com o cumprimento dos mandados, será possível esclarecer outros fatos ainda em apuração, assim como identificar outros possíveis envolvidos no crime. A operação faz parte da Operação Erga Omnes, deflagrada no planejamento da Polícia Civil de Mato Grosso para combater a atuação de organizações criminosas no estado.

*Fonte: FolhaMax