Mulher que ajudou lavar milhões do CV vai usar tornozeleira em MT

Ela obteve um habeas corpus junto ao TJ e teve a prisão revogada

A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso concedeu um habeas corpus a Emilly Vitória Santos Alves, apontada como integrante do Comando Vermelho, investigada na ação penal relativa à Operação Apito Final, deflagrada em abril. Os magistrados determinaram uma série de medidas cautelares à suspeita, como uso de tornozeleira eletrônica, entre outros.

Emilly Vitória foi um dos alvos da Operação Apito Final, deflagrada no dia 2 de abril, pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Ela teve o mandado de prisão expedido por conta de uma investigação que apura um esquema de lavagem de dinheiro que chegou a movimentar R$ 65,9 milhões, quantia oriunda do tráfico de drogas da facção criminosa Comando Vermelho.

A operação foi deflagrada no último dia 2 de abril e cumpriu 54 ordens judiciais que resultaram na prisão de 20 alvos. Uma delas foi Emilly Vitória Santos Alves, que acabou conseguindo a liberdade através de um habeas corpus junto à Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Ela terá que cumprir medidas cautelares, como informar suas atividades mensalmente em juízo, manter seu endereço atualizado, não sair da comarca sem avisar a Justiça, além da proibição de manter contato ou realizar transações bancárias com os demais investigados na ação. Emilly Vitória Santos Alves também será monitorada por tornozeleira eletrônica.

A ação teve como principal alvo Paulo Witer Farias Paello, conhecido como W.T., e apontado como tesoureiro do Comando Vermelho em Cuiabá. Ao todo a operação emitiu 25 mandados de prisão, entre os suspeitos estavam advogados, familiares e até mesmo pré-candidato a vereador, dos quais 21 já foram presos.

São eles: Paulo Witer Farias Paelo, Cristiane Patrícia Rosa Prins, Fagner Farias Paelo, Fabiana Félix de Arruda Souza, Jonas Candido da Silva, Maria Aparecida Coluna Almeida, Alex Júnior Santos de Alencar, Jaiane Suelen Silva de Arruda, Andrew Nickolas Marques dos Santos,, Luiz Fernando da Silva Oliveira, Emilly Vitória Santos Alves, Emanuele Antonia da Silva, Fabiana Maria de Cerqueira dos Santos, Guemiel Alves dos Reis, Tayrone Junior Fernandes de Souza, Thassiana Cristina de Oliveira Arruda, Renan Freire Borman, Joventino Xavier, Mayara Bruno Soares, Mário Henrique Tavito da Silva e Jean Marcel Neves Conrado.

Além das prisões, a operação também efetuou 29 buscas e apreensões, indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos alvos investigados.

Para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, o grupo criminoso também teria realizado distribuição de cestas básicas para famílias carentes da Capital, assim como estaria promovendo a construção de um miniestádio. O tesoureiro foi preso pela GCCO em Maceió (AL), enquanto acompanhava o time em um torneio de futebol amador na cidade.

*Fonte: FolhaMax