Redução da safra dos EUA impulsiona a liderança brasileira
O Brasil vai fechar 2024 como o maior exportador de algodão do planeta. Era previsto que o país atingiria a meta apenas em 2030, contudo o contínuo crescimento da produção local e a redução da safra dos Estados Unidos adiantaram o processo.
As previsões oficiais mostram uma queda de 17% para a safra dos EUA. Ao mesmo tempo, as estimativas indicam uma colheita 24% maior para as lavouras brasileiras.
Ao todo, o Brasil deve exportar 2,6 milhões de toneladas de pluma em 2024, de acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). A produção nacional é prevista em 3,7 milhões de toneladas — ou seja: o grande filão é o mercado externo.
Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa)
“A liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo”, disse Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. “Antes disso, trabalhamos continuamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência.”
Faturamento do Brasil com algodão
Em 2023, o Brasil faturou US$ 3,3 bilhões com exportações de plumas de algodão e seus subprodutos — como, por exemplo, tecidos. A China respondeu pela maior parte da receita, o gigante asiático fez frente a US$ 1,5 bilhão.
Segundo o Ministério da Agricultura, Mato Grosso faturou US$ 1,9 bilhão com as exportações de algodão — liderando, assim, as vendas do Brasil ao mercado externo.
Liderança por apenas um ano?
Os produtores norte-americanos podem recuperar a liderança na safra que termina em 2025. A previsão é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O órgão estima que os agricultores de seu país exportem 4% mais algodão que os brasileiros no próximo ano.
*Fonte: Revista Oeste