Em maio, queda foi de 0,9% em relação a abril; setor ainda está 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia
A produção industrial caiu 0,9% em maio na comparação com abril, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada nesta quarta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF)
Em abril, o indicador teve baixa de 0,5%. Somados, os dois meses acumularam perda de 1,7%, o que eliminou o ganho de 1,1% registrado entre fevereiro e março. Na comparação com maio do ano passado, a produção caiu 1%.
“Os resultados de maio levaram a indústria a operar 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 17,8% abaixo do maior nível da série, alcançado em maio de 2011”, destacou o IBGE.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes de maio foram assinaladas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%); e a última marcando o segundo mês seguido de queda na produção, período em que acumulou perda de 4,7%.
“Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e um dos fatores que explicam esse resultado são as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos químicos (-2,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), de produtos do fumo (-28,2%), de metalurgia (-2,8%), de máquinas e equipamentos (-3,5%), de impressão e reprodução de gravações (-15%) e de produtos diversos (-8,5%).
Por outro lado, tiveram alta em maio as indústrias extrativas (2,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%).
Setor industrial tem desempenho negativo
Todas as quatro grandes categorias do setor industrial pesquisadas pelo IBGE tiveram queda na atividade em maio em relação a abril.
Bens de consumo duráveis (-5,7%) e bens de capital (-2,7%) assinalaram as taxas negativas mais elevadas em maio de 2024, com ambas revertendo os avanços registrados no mês anterior: 4,5% e 2,9%, respectivamente.
Os setores produtores de bens intermediários (-0,8%) e de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-0,1%) também apontaram queda na produção nesse mês, com o primeiro acumulando perda de 2,1% em dois meses consecutivos de recuo; e o segundo interrompendo três meses seguidos de expansão, período em que acumulou ganho de 1,8%.
*Fonte: Revista Oeste