Empresário Branko Marinković anuncia pré-candidatura à Presidência da Bolívia

Anúncio foi feito durante o CPAC Brasil 2024 — conferência conservadora realizada em Balneário Camboriú (SC)

O empresário boliviano Branko Marinković lançou neste domingo, 7, sua pré-candidatura à Presidência da Bolívia. O anúncio foi feito durante o CPAC Brasil 2024 — conferência conservadora realizada em Balneário Camboriú (SC).

O executivo também afirmou que vai libertar todos os presos políticos se chegar ao cargo.

Marinković se tornou uma espécie de símbolo da resistência conservadora na América Latina. Essa não é a primeira vez que ele participa do evento, trazido para o Brasil pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL).

Marinković é “maior inimigo de Evo Morales”

Dono de uma das maiores fortunas da Bolívia, Marinković tem origem croata — seu pai fugiu da Segunda Guerra Mundial e chegou à Bolívia em 1945 — e é alvo de uma série de denúncias do governo de Evo Morales, entre elas a de que seu patrimônio é fruto de roubo de terras dos indígenas guarayno.

Chamado no CPAC de “maior inimigo de Evo Morales”, Marinjović fundou e presidiu o “Comitê Cívico de Santa Cruz”, acusado de financiar organizações de oposição ao governo de Morales. Ele fugiu da Bolívia em 2009 e foi morar no Brasil, onde conquistou o status de refugiado apenas durante o governo de Michel Temer.

Marinković foi absolvido na Justiça boliviana em várias acusações de terrorismo e corrupção depois da renúncia de Morales e durante a Presidência da opositora Jeanine Áñe.

Além disso, ele obteve vitórias na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e no Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP), como a aceitação de denúncias de perseguição política por Evo Morales e a posse de 33 mil hectares de terra.

Mesmo assim, em abril, Marinković foi detido em um aeroporto em Buenos Aires e só pôde partir depois da verificação de que seu nome não estava na lista da Interpol França.

Na ocasião, ele declarou que processaria penalmente o diretor da Interpol na Bolívia por não cumprir a ordem judicial que o inocentou das acusações do governo de Evo Morales.

*Fonte: Revista Oeste