PC indicia fazendeiro, que está solto, por mandar matar advogado em MT

Esposa e irmão de Laurindo foram inocentados pela PC

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou o empresário e produtor rural Aníbal Manoel Laurindo como mandante da morte do advogado Roberto Zampieri. De acordo com o delegado Nilson Farias, ficou comprovada a ligação entre o suspeito e o coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que teria financiado a execução e contactado o restante dos envolvidos.

Roberto Zampieri foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro de 2023, em frente ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, na Capital. Ele estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingido pelo executor com diversos tiros de pistola calibre 9 milímetros. O atirador, identificado como Antônio Gomes da Silva, de 56 anos, foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

Também foram presos o instrutor de tiro, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, suspeito de intermediar o crime, e dono da arma usada no crime, além do coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que teria financiado o homicídio. Anibal Manoel Laurindo, indiciado como mandante do crime, foi preso pelo crime no dia 11 de março, mas foi solto apenas cinco horas depois, após a audiência de custódia.

Aníbal Manoel Laurindo foi apontado pelos investigadores como sendo um dos mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Além dele, sua esposa, Elenice Ballarotti Laurindo, e seu irmão José Vanderlei Laurindo também são suspeitos de terem mandado matar o jurista após uma disputa de terra, na qual perderam uma fazenda, no valor de R$ 6 milhões, em Paranatinga.

No entanto, apenas o produtor rural foi indiciado pelo crime. A Polícia Civil já havia indiciado, anteriormente, o pedreiro Antônio Gomes da Silva, de 57 anos, Hedilerson Barbosa, de 53 anos, que é instrutor de tiros e o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini, de 68 anos.

Todos eram moradores de cidades em Minas Gerais, foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) e viraram réus numa ação penal que tramita sob sigilo na 12ª Vara Criminal de Cuiabá. De acordo com a DHPP, ficou comprovado o vínculo de Aníbal Manoel Laurindo com o coronel do Exército, que também teve sua ligação com os demais envolvidos no crime comprovada.

Os investigadores, no entanto, destacaram que os elementos de prova foram insuficientes para o indiciamento de Elenice Ballaroti Laurindo. O empresário e produtor rural poderá responder por homicídio duplamente qualificado, crime praticado à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe.

*Fonte: FolhaMax