Sob o governo Lula 3, a estatal tem retornado ao modelo de gestão dos governos petistas anteriores
A Petrobras avançou nas negociações para a recompra da refinaria de Mataripe, na Bahia. O jornal O Estado de S. Paulo publicou as informações nesta quarta-feira, 17.
A Acelen — empresa dona da refinaria — e a Petrobras ainda não fecharam os valores do negócio. Em 2021, a companhia foi vendida por US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões, na cotação atual).
Segundo o Estadão, a recompra pode ser integral, em alinhamento com os desejos do governo federal. Além disso, a Petrobras conta com a disposição da Acelen de tornar-se sócia da empresa do governo em um projeto de energia renovável.
Petrobras já tem informações necessárias para formalizar o negócio
Ainda conforme o Estadão, a Petrobras já finalizou o levantamento de informações necessárias para a formalização do negócio. No entanto, a estatal informou que ainda não tomou uma decisão final sobre a recompra.
Sob o governo Lula 3, a Petrobras tem retornado ao modelo de gestão dos governos petistas anteriores — o que contraria as decisões do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em dezembro, a companhia anunciou a reestatização da Lubnor, no Ceará.
A petrolífera também cancelou planos de privatização de refinarias. Em maio de 2024, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou novos acordos que permitem à Petrobras manter cinco refinarias anteriormente previstas para venda.
A estatal espera concluir o negócio em 2025
Dentro da Petrobras, o tema ainda está em discussão na diretoria-executiva. Espera-se que uma proposta para a recompra seja apresentada em setembro, com a conclusão do negócio prevista para 2025. Isso, entretanto, depende da aprovação do conselho de administração da companhia.
A próxima reunião do conselho da Petrobras está marcada para o dia 26 de julho. Outro encontro está previsto para 8 de agosto. Esta última reunião coincidirá com a divulgação de balanços e discussões sobre dividendos do segundo trimestre. O presidente do conselho da petrolífera, Pietro Mendes, ainda não fechou a pauta da reunião.
*Fonte: Revista Oeste