Ele se tornou conhecido por interpretar obras de Donizetti, Puccini e Verdi
Em 6 de setembro de 2007, faleceu em Módena, na Itália, o renomado tenor lírico Luciano Pavarotti, conhecido por suas interpretações das obras de Donizetti, Puccini e Verdi.
Nascido em 12 de outubro de 1935 na mesma cidade, Luciano Pavarotti é amplamente reconhecido por ter tornado a ópera mais acessível ao grande público.
Durante a carreira, o tenor gravou duetos com artistas de diversos gêneros, incluindo Mariah Carey, James Brown, Frank Sinatra, Ricky Martin, Laura Pausini, Elton John, Spice Girls, Queen, Céline Dion, Eros Ramazzotti, U2 e Roberto Carlos.
Seu status como ícone do tenor lírico foi estabelecido entre 1966 e 1972, com desempenhos memoráveis no Teatro alla Scala de Milão e em outras notáveis casas de ópera italianas.
A popularidade de Luciano Pavarotti
Luciano Pavarotti ganhou grande popularidade durante a Copa do Mundo de 1990, na Itália, especialmente com sua interpretação da ária “Nessun Dorma” da ópera Turandot, de Giacomo Puccini. Essa apresentação foi realizada ao lado dos tenores Plácido Domingo e José Carreras, seus amigos e colegas.
Sua última apresentação em uma ópera foi no Metropolitan Opera, em março de 2004. A última aparição pública do tenor ocorreu na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006 em Turim, onde ele cantou “Nessun Dorma” e foi aplaudido de pé por milhares de espectadores.
Luciano Pavarotti faleceu em sua casa em Módena, vítima de câncer no pâncreas, aos 71 anos de idade, no dia 6 de setembro de 2007.
Confira as melhores interpretações do tenor lírico italiano
Luciano Pavarotti interpretou um vasto repertório ao longo da carreira, e algumas de suas gravações são especialmente notáveis. Aqui estão algumas das melhores e mais icônicas canções e árias que ele popularizou:
- “Nessun Dorma” (de Turandot de Puccini) – Talvez a mais famosa das árias de Pavarotti, “Nessun Dorma” é conhecida por seu emocionante final, onde o tenor canta “Vincerò!” (“Eu vencerei!”). A atuação de Pavarotti dessa ária no Festival de Música de Canções de 1990 é lendária e ajudou a solidificar sua fama global.
- “La Donna è Mobile” (de Rigoletto de Verdi) – Esta é uma das árias mais conhecidas de Verdi e uma das favoritas de Pavarotti. Ele a interpretou com sua característica potência e brilho, trazendo uma vivacidade contagiante à peça.
- “E Lucevan le Stelle” (de Tosca de Puccini) – Esta ária é um dos momentos mais emocionantes de Tosca. Pavarotti capturou o desespero e a beleza da música com sua interpretação profunda e apaixonada.
- “Che Gelida Manina” (de La Bohème de Puccini) – A ária de Rodolfo é uma das mais desafiadoras e Pavarotti a cantou com um lirismo que capturou tanto a beleza quanto a vulnerabilidade do personagem.
- “Una Furtiva Lagrima” (de L’Elisir d’Amore de Donizetti) – Esta ária é uma das mais celebradas do repertório belcanto, e a interpretação de Pavarotti é frequentemente citada como um exemplo supremo de sua técnica e expressão.
- “Vesti la Giubba” (de Pagliacci de Leoncavallo) – Pavarotti trouxe uma intensidade emocional única a esta ária, que fala do sofrimento do protagonista, Canio, e sua luta para manter a aparência de um palhaço alegre.
- “Recondita Armonia” (de Tosca de Puccini) – Esta ária, cantada por Pavarotti como o tenor Cavaradossi, demonstra sua habilidade de combinar força e sutileza na interpretação de papéis dramáticos.
- “Lamento di Federico” (de L’Arlesiana de Cilea) – Menos conhecida, mas igualmente impressionante, esta ária revela a profundidade emocional e a habilidade técnica de Pavarotti.
- “O Sole Mio” – Embora não seja uma ária de ópera, essa canção napolitana é uma das mais amadas por Pavarotti. Sua interpretação da peça é um exemplo brilhante de sua capacidade de conectar com o público em um nível pessoal.
- “Parla più piano” (de O Poderoso Chefão) – Pavarotti também gravou versões de canções populares fora do repertório operático, e sua interpretação de “Parla più piano” é um exemplo de sua versatilidade.
Essas músicas não apenas destacam a habilidade técnica e a paixão de Luciano Pavarotti, mas também ajudaram a definir o padrão para o tenor contemporâneo e a popularizar a ópera para uma audiência global.
*Fonte: Revista Oeste