Governo diz que medida gera mais segurança e eficiência na imunização; mudança vai ocorrer a partir de 4 de novembro
O Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira, 20, que vai substituir a vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), conhecida como gotinha. No seu lugar entra uma dose de vacina inativada poliomielite (VIP). A nova fórmula é injetável, e a mudança se dará até 4 de novembro.
O governo informa que tomou essa decisão conforme critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais para deixar o esquema vacinal mais seguro. Estados Unidos e nações europeias já usam esquemas vacinais exclusivos com a VIP.
A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações foi quem discutiu e aprovou a substituição no Brasil. A decisão contou com a participação de membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e acompanhamento da Organização Mundial da Saúde.
O esquema vacinal atual contempla a administração de três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses; e duas doses de reforço da VOPb, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Mudança reduz doses, diz Saúde
A partir de 4 de novembro, com a VOPb que deixa de ser utilizada, será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses de idade, de modo que o esquema vacinal com o referido imunobiológico será:
- 2 meses: 1ª dose
- 4 meses: 2ª dose
- 6 meses: 3ª dose
- 15 meses: dose de reforço
O Ministério da Saúde recomendou aos Estados que desenvolvam ações e preparem seus respectivos municípios para a retirada da VOPb e a substituição das doses de reforço.
Zé Gotinha continua em favor da imunização
A nova estratégia para uso da VIP é, segundo o governo, mais um passo na erradicação da poliomielite no Brasil. O país está há 34 anos sem a doença. Há 47 anos a VOP é usada, com sucesso, nas estratégias de vacinação.
Criado nos anos 1980, o Zé Gotinha é uma marca do combate à poliomielite. O personagem faz, também, alertas sobre a prevenção de outras doenças imunopreveníveis, como o sarampo. Isso mostra que ele continuará presente nas campanhas do Ministério da Saúde para reforçar outras iniciativas de imunização.
*Fonte: Revista Oeste