Presidente também citou conflito entre Rússia e Ucrânia em abertura da Assembleia Geral da ONU; afirma que é necessária a ‘retomada do diálogo direto entre as partes’
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a atacar Israel. Dessa vez, durante discurso na abertura da 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), na manhã desta terça-feira, 24.
“O que começou como ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses inocentes, tornou-se punição coletiva de todo o povo palestino”, afirmou Lula. “São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo.”
Lula declarou que na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, “assistimos a uma das maiores crises humanitárias da história recente, e que agora se expande perigosamente para o Líbano”.
O chefe do Executivo brasileiro também citou em seu discurso os conflitos “esquecidos” no Sudão e no Iêmen, os quais “impõem sofrimento atroz a quase 30 milhões de pessoas”.
“Este ano, o número dos que necessitam de ajuda humanitária no mundo chegará a 300 milhões”, sinalizou o petista.
Lula fala sobre conflito entre Rússia e Ucrânia
Ainda durante seu discurso na ONU, Lula falou sobre a “alarmante escalada de disputas geopolíticas e de rivalidades estratégicas”. Destacou que 2023 “ostenta o triste recorde do maior número de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial”.
“Presenciamos dois conflitos simultâneos com potencial de se tornarem confrontos generalizados”, analisou. “Na Ucrânia, é com pesar que vemos a guerra se estender sem perspectiva de paz. O Brasil condenou de maneira firme a invasão do território ucraniano.”
O presidente da República disse estar “claro” que nem Rússia, nem Ucrânia, vão conseguir “atingir todos os seus objetivos pela via militar”. Alertou que o “recurso a armamentos cada vez mais destrutivos traz à memória os tempos mais sombrios do confronto estéril da Guerra Fria”.
“Criar condições para a retomada do diálogo direto entre as partes é crucial neste momento. Essa é a mensagem do entendimento de seis pontos que China e Brasil oferecem para que se instale um processo de diálogo e o fim das hostilidades”, acrescentou Lula.
*Fonte: Revista Oeste