Segundo a presidente da empresa, Magda Chambriard, ideia é fazer isso em estaleiros nacionais, para criar demanda à indústria local
A Petrobras planeja revitalizar antigas plataformas de petróleo e gás natural em estaleiros locais. A presidente da estatal, Magda Chambriard, anunciou nesta quinta-feira, 26, que a intenção é realizar essas reformas no Brasil, de forma a gerar demanda para a indústria nacional.
No Rio de Janeiro, durante o encerramento da ROG.e — o maior evento do setor de petróleo e gás natural da América Latina —, Magda mencionou as plataformas P-35, P-37 e P-47 como exemplos de unidades a receberem modernização. Todas elas ficam na Bacia de Campos.
O objetivo, ainda segundo Magda, seria de prolongar a vida útil dessas estruturas e aumentar a produtividade nos poços mais antigos. Os projetos ainda estão em fase de estudo.
“Se conseguirmos reformar a P-35, P-37 e P-47, e talvez a P-19, faremos isso em estaleiros nacionais”, afirmou Magda Chambriard. “Temos estaleiros com dique seco em Pernambuco, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. A indústria brasileira pode ter certeza que estaremos do seu lado.”
Revitalização das plataformas da Petrobras
O fomento à utilização de estaleiros brasileiros pela Petrobras é um pedido direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, essas instalações enfrentam alta ociosidade, já que, com preços mais baixos e mais tecnologia, a Petrobras fabrica a maioria de suas plataformas no exterior.
“Indústria brasileira, pode ter certeza que estaremos do seu lado”, repetiu Magda no evento, que é o maior do setor de petróleo e gás natural da América Latina.
A CEO da Petrobras destacou que “o pré-sal elevou muito o sarrafo” devido à alta rentabilidade. Isso teria feito com que as plataformas mais antigas se tornassem “cada vez mais pesadas e mais caras”.
Magda explicou, ainda, que o descomissionamento dessas unidades deve ser evitado, pois seria possível realizar o recondicionamento. “Estamos nos deparando com plataformas tão caras e sofisticadas que uma oportunidade de 500 milhões de barris, que é útil e econômica em qualquer parte do mundo, está ficando antieconômica no Brasil”, afirmou.
*Fonte: Revista Oeste