Ao menos quarenta países pedem proteção das tropas de manutenção de paz das Nações Unidas; EUA anunciam apoio
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu, neste domingo, 13, que a Organização das Nações Unidas (ONU) coloque “imediatamente” as forças de manutenção da paz fora de perigo no Líbano.
O recado do líder israelense foi para o secretário-geral da ONU, António Guterres. “Senhor secretário-geral, coloque as forças de paz fora de perigo”, disse. “Tem que ser feito agora, imediatamente. Evite fornecer escudos humanos aos terroristas do Hezbollah.”
Pelo menos cinco soldados da paz ficaram feridos nos últimos dias em combates entre o Exército israelense e o movimento pró-iraniano Hezbollah no sul do Líbano.
“Condenamos energicamente os últimos ataques contra as forças de paz. Essas ações devem cessar imediatamente e ser devidamente investigadas”, escreveram os 34 países que contribuem para a força de paz.
ONU acusa Israel de ataques
Outras seis representações diplomáticas, entre elas, Alemanha e Índia, usaram o Twitter/X para se manifestar. “Pedimos às partes em conflito que respeitem a presença das forças de paz, o que inclui garantir a segurança de todos os seus funcionários, em todos os momentos”.
A ONU disse nesta quinta-feira (10) que tropas israelenses dispararam “repetidamente” e “deliberadamente” contra as suas posições, o que gerou uma forte condenação internacional.
Itália disponibiliza 900 soldados
Desde então, cinco capacetes azuis ficaram feridos, dois deles por disparos de Israel. “Consideramos o papel das forças de paz crucial à luz da escalada da tensão no Oriente Médio”, afirmaram os 40 países, entre eles Itália, Espanha, França, Reino Unido, Irlanda, Indonésia, China, Turquia e Catar.
A Itália, uma das nações que mais contribuem com tropas para as forças de paz – cerca de 900 militares -, mencionou possíveis crimes de guerra. Paris, Madri, Dublin e Jacarta também condenaram os ataques.
EUA vão enviar sistemas antimísseis
Os Estados Unidos ressaltaram que estão “profundamente preocupados”. O país informou neste domingo, inclusive, que enviará sistemas antimísseis avançados para Israel, assim como tropas americanas para operá-lo.
“Nosso objetivo é ajudar a reforçar as defesas aéreas de Israel depois dos ataques sem precedentes do Irã”, disse o secretário de imprensa do Pentágono, major-general Patrick Ryder.
*Fonte: Revista Oeste