Cantora travesti rebola e mostra partes íntimas em palestra em universidade federal

Além da parte corporal, performance de Tertuliana Lustosa na UFMA ocorreu ao som da música Educando com o C

Nesta quinta-feira, 17, a cantora travesti e historiadora Tertuliana Lustosa realizou uma performance polêmica na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Durante uma palestra, ela dançou de forma erótica, subiu em uma cadeira e expôs suas partes íntimas aos alunos presentes.

O evento fez parte do “1º Encontro de Gênero do Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política”, da UFMA. A apresentação da travesti viralizou nas redes sociais, em que gerou debates sobre o respeito a valores e princípios de uma instituição de ensino.

Em resposta, a universidade divulgou uma nota (na íntegra) em que afirmou que averigua o ocorrido e que tomará as providências cabíveis. A instituição ainda destacou a importância de manter um ambiente respeitoso.

“A universidade é um espaço plural e de diálogos, dedicado ao conhecimento, à diversidade de ideias e ao respeito mútuo”, afirmou a UFMA. O evento continua até dia 18, abordando tendências contemporâneas de gênero.

Apresentação da travesti e comentários

Travsti UFMA
Tertuliana Lustosa já havia ministrado a mesma palestra em outras universidades, como UFBA e UESB | Foto: Reprodução/Instagram

Não foi apenas a dança sensual de Tertuliana que gerou polêmica. Além da performance corporal, ela cantou uma de suas músicas, a Educando com o C, do grupo A Travestis. A frase é também título de um livro da mulher.

Em sua rede social, Tertuliana agradeceu o convite e defendeu sua apresentação. “Convido vocês a conhecer a minha pesquisa: Educando com o C… e entender que a universidade é, sim, lugar de múltiplas formas de conhecimento”, afirmou.

Depois da proporção que o vídeo tomou nas redes sociais, Tertuliana aproveitou para divulgar o link de seu site de conteúdo adulto no Instagram. Ela também compartilhou vídeos de palestras antigas, nas quais utilizou o mesmo método para ministrá-las, na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

Em nota, a UFMA destacou que, embora os cursos tenham autonomia, não compactua com ações que desrespeitam os valores da instituição. Enquanto averigua o caso, a UFMA reafirmou seu compromisso com um ambiente acadêmico respeitoso e inclusivo.

*Fonte: Revista Oeste